Fazendo as vezes dos cartazes afixados em muros e postes, ONGs e perfis individuais no Facebook, além de páginas criadas especialmente para garantir proteção aos animais, divulgam e compartilham fotos e depoimentos sobre cães, gatos e outros animais que desapareceram ou foram encontrados abandonados, famintos, doentes, feridos por maus-tratos ou atropelamento.
Esse compartilhamento em rede costuma resultar no reencontro de animais com seus donos ou em sua adoção, por pessoas interessadas em garantir um lar seguro e saudável a eles. As redes sociais são muito imediatistas. Assim que nós postamos a foto de um animal, as pessoas já se comunicam com a gente, em questão de minutos, contou Cláudia Demarchi, a presidente da ONG Clube dos Vira Latas. No ano passado, cerca de 500 animais, entre cães, gatos, cavalos e animais silvestres, ganharam um novo lar a partir da ação da ONG no Facebook e Twitter.
A página do Facebook, Cães e Gatos para adoção em Torres (facebook.com/AdocaoTorres), é uma das iniciativas que vêm usando as redes sociais para buscar um lar aos bichos de nossa cidade que não tem donos.Mas não são só as instituiçíµes que estão atuando desta maneira. Muitas pessoas, com o próprio perfil pessoal, já conseguiram bons resultados ao comunicar que seu bicho de estimação foi perdido.
Redes sociais como ferramenta
A assistente social Maria Zea Pires, perdeu seu cachorro Frodo em outubro do ano passado, aqui em Torres. E comunicando o desaparecimento através do Facebook, compartilhando a foto do Frodo, pedindo informaçíµes sobre seu paradeiro, em alguns dias conseguiu encontrar seu companheiro canino.O Facebook é de grande utilidade pública neste aspecto. O pessoal conforta a gente, enquanto não achamos nossos cães desaparecidos, e os amigos compartilham a foto, os amigos dos amigos também compartilham, no final das contas temos uma grande rede de pessoas envolvidas. Em menos de 3 dias encontrei o Frodo, que estava na Praia da Cal, mais de 3km longe de casa. Desde então, Maria Zéa diz que compartilha todas as fotos de pessoas que buscam encontrar seus animais de estimação perdidos. Encontrei meu cão através do Facebook, e agora sinto que, através desta rede de solidariedade que se forma, muitos outros animais perdidos poderão ser encontrados
Alguns meses atrás, o Tobi, um cão poodle e antigo companheiro da família Dalcégio, fugiu. Cheguei em casa, e vi que ele não estava. Eu e minha família nos dividimos, procurando o Tobi pelas ruas de Torres. Mas não conseguimos encontrá-lo. Foi graças ao Facebook que encontramos ele, conta o estudante de direito Lucas Dalcegio,
Ele complementa citando o caminho até o reencontro com Tobi. Primeiro comunicamos na rede social o desaparecimento do Tobi, com sua foto. Logo as pessoas estavam compartilhando. Uma guria postou uma foto no Facebook de um cachorro abandonado, nas redondezas do Pit Stop, sem saber que era o Tobi. Então, uma mulher nos comunicou que o tinha achado. O dinamismo das redes sociais possibilitou que encontrássemos o Tobi rapidamente. Em algumas horas ele estava de volta em casa, são e salvo, finaliza Lucas.
