Diploma para que?
Mais uma vez entra em discussão a necessidade ou não de ter diploma de jornalista para exercer qualquer atividade da profissão. A governadora Yeda parece que vetou o projeto aprovado na assembléia, que sugeria que fosse no RS obrigatório o diploma para exercício da atividade em órgãos público, o que acho que seria razoável, mas ainda concordo com a governadora em não criar castelos corporativos em um Estado já tão rançoso e engessado justamente por corporativismos.
Sou da turma que acha que exigência obrigatória de diploma profissional só é válida para atividades que decidam pontualmente, por decisíµes extremas e específicas, o futuro de nossas vidas (médicos); nossa segurança dentro de construçíµes (engenheiros) e nossa liberdade (advogado). Não foi por menos que já, desde antigamente, estas eram as profissíµes onde os formados eram chamados de doutores.
Por que, então, os jornalistas não são obrigados a colocarem em seus jornais um administrador de empresas ( por lei) para controlar o MKT e as finanças da empresa jornalística? Por que não é obrigatória a contratação de um designer gráfico diplomado na faculdade para diagramar o jornal? Por que não se exige por lei que os jornalistas donos de jornal exijam a assinatura de um economista para pedirem um empréstimo no banco? Tudo isto seria lógico, se nossa nação procurasse seguir a lógica corporativista e altamente reguladora.
Um diploma serve, afinal e n minha opinião, para provar cabalmente que uma pessoa participou por 4, 5 ou 6 anos fazendo um curso em uma determinada área e em uma determinada instituição de ensino superior. Mas isto não a torna melhor que as outras pessoas por si só: somente dá referencias e sugere uma melhor especialização.
E se um jornalista comete crime de imprensa em algum jornal? Se trabalhar para o dono, quem vai ser julgado, o dono, ou o jornalista? Parece-me que nestes casos os jornalistas preferem a não regulamentação absolutistas que uma corrente da categoria exige das autoridades…
Falta de cálculos
A COOPESCA deve entrar em um novo momento após o fechamento da atividade logo após abrir, por simplesmente não se mostrar viável. Não houve preliminarmente por parte do governo do RS em 2006 uma avaliação econí´mica e financeira da atividade, assim como muito menos houve uma avaliação mercadológica da cooperativa antes de abrir. E o que aconteceu é que foi vendido o paraíso para os pescadores, que não viram nada senão algo parecido com o inferno…
Esperemos que os trabalhos lá feitos a partir de agora para a categoria decida dois rumo. Ou se mantém o fomento í uma atividade empreendedora liberal da cooperativa, e para isto se deve fazer vários estudos de mercado, concorrência e ambiente macroeconí´mico; ou se assume que o projeto será um subsídio pontual por um tempo para uma categoria, onde a busca de resultados pelos benefícios atingidos dependa da ideia e vocação de cada pescador. Não se pode obrigar alguém a fazer alguma coisa e ainda exigir dele que os resultados, positivos ou negativos, sejam de total responsabilidade deles. Neste caso (que acho que não foi a intenção, mas afinal pode ser entendido pelos pescadores), se trata de uma relação de mando, e quando tem mando tem que ter salários e leis sociais, já diria Getúlio Vargas ao promulgar a CLT na década de 1930.
Sinaleira bem pedida
O vereador Betão da Cal (PPS) solicitou através de pedido de providências que se coloque uma sinaleira no cruzamento entre a Avenida José Bonifácio e a Avenida do Riacho. Trata-se de uma boa visão do vereador. O local é de trânsito pesado e rápido, e está próximo í muitas escolas, comércio, supermercado, dentre outros, além da dificuldade crescente que os carros se defrontam para cruzar, seja lá de que lado for. Parabéns!
Providência urgente pedida por parlamentar
O vereador Tenora (PP) tem insistido (com razão) na questão da periculosidade apresentada na Avenida Castelo Branco por conta da alta velocidade imprimida por motoristas por lá. Concordo com o parlamentar torrense. E digo mais: além das providências que devem ser tomadas referentes í velocidade (que, diga-se de passagem, é de 40 km/H o que é muito baixo e deveria ser 60 km/H), deve-se também obrigar os estabelecimentos comerciais, residências e os terrenos que lá estão, que o proprietário construa calçadas para os pedestres e ciclistas. Do jeito que está, parece que este item (os pedestres e ciclistas) é mais perigoso que a velocidade…
Ficha Limpa ou… suja…
Está em discussão da Câmara Federal a questão da proibição de candidatos concorrerem em pleitos após já serem condenados em primeira instância. Uns deputados querem, outros não querem por um motivo, e outros não querem por outro motivo. Em princípio a questão deve ser bem explicada, pois o projeto de lei foi criado após abaixo assinado de mais de 1,5 milhão de brasileiros, com CPF e tudo… Mas o que está por trás é a facilidade de políticos serem processados por acusaçíµes sem fundamento, e serem julgados em primeira instância culpados. Por um lado, queremos punir os corruptos, mas por outro, os verdadeiros espertinhos acabam, além de se protegerem colocando laranjas por todos os lados, forjando denúncia e provas para prejudicar opositores. E algum juiz pode punir o acusado em primeira instância, pois os questionamentos mais profundos ficam em geral para ser julgados em segundas instâncias, ou até por desembargadores.
Mas no final, por vias das dúvidas, é melhor punirmos alguém injustamente ao invés de não punirmos ninguém e deixarmos a questão no carnaval que está. Portanto, sou a favor do projeto que proíbe candidatos condenados de concorrerem na política. Que concorram após recorrerem… e ganharem…
Disputas dos pais das verbas públicas
O vereador Rogério Jacob inteligentemente citou várias vezes na última reunião da Câmara de Vereadores de Torres o fato de verbas que foram encaminhadas para Torres através do ministério das Cidades terem a participação do atual ministro, que é do PP. Digo inteligente porque não é uma mentira: realmente, se não houvesse a assinatura do titular do ministério, as verbas não chegariam aqui.
Mas na verdade os recursos foram na maioria oriundos de emendas parlamentares individuais ou de partidos políticos, E neste caso quem possui mais poder é o deputado que emendou, pois este direito está inscrito na constituição e está acima de autonomia de ministros.
Portanto, na verdade as verbas destinadas í cidade por emendas são mais de méritos dos parlamentares do que dos ministérios. O ministério em si gestiona o orçamento formal (sem as emendas) aprovado antecipadamente no congresso nacional. Não sei, aí, se algum recurso deste orçamento formal veio direto do orçamento, cabe conferirmos, todos…
Disputas de pais de verbas públicas 2
Já o vereador José Ivan anunciou finalmente, com comemoração e citando seus méritos, o convênio entre Torres e o governo do Estado do RS ( com anuência do ex-secretário Marco Alba), para que se asfalte ou repare o asfalto da principal Avenida da Vila São João, seu principal reduto eleitoral e onde mora na cidade. Já o vereador Brocca, com as mesmas características eleitorais e geográficas, também foi í luta e conseguiu promessa de emenda parlamentar de deputado federal pepista, para a mesma obra…
Neste caso é bom, pois a José Amâncio da Rosa precisa, além de reparos, muitas melhorias e aumento em seu trajeto asfaltado. Trata-se de um problema da Vila e do interior de Torres. Que venham as verbas, dos dois lados.