Atenção Paroquianos!…e demais leitores. Esta coluna (crí´nica?) vai causar asfixia. Apertem os cintos. Imaginem-se a bordo de um avião de linha. Estamos navegando na Aerovia Verde-1, a 10 mil metros acima do nível do mar. Subitamente acontece uma despressurização da cabine …as máscaras despencam. O piloto inicia a operação-padrão de descida, necessária para que os humanóides retornem a sua condição de bípedes oxigênicos.
A metáfora guarda perfeita semelhança, com o que vivemos hoje em Pindorama. Esta que vem de Colí´nia, depois Império, depois Estados Unidos do Brasil e, finalmente, República Federativa do Brasil. N™A FOLHA de 23/08/08 já havíamos abordado o fato de, aos trancos e barrancos, vivermos tentando articular os escombros de um país que busca consolidação e estabilidade como Estado de Direito. Isto não impede de, como figuração, no conceito internacional viva o Brasil a vender glamour e jactância. Lembra aqueles espelhos de duas faces, encontradiços nos hotéis e motéis. Uma delas mostra a realidade real (vale a redundância), na escala 1:1. A outra, aumentativa, exacerba a vaidade de um governo enganador, exibicionista, deslumbrado numa aura de quem pensa que é Sol, mas não passa de Mercúrio.
PRETí“RIO EXCELSO
(STF)
Para quem não está lembrado, Pretório era aquela tenda que abrigava o General romano em campanha. Excelso, é o adjetivo dos adjetivos. Estes são termos correntes no trato das lides jurídicas, quando referidas í s Supremas Cortes. Voltando í atmosfera respirável, bem ao nível do mar, devemos explicar o uso daquele substantivo drástico lá em cima: escombros. Em abordagens anteriores, mostramos o primeiro atestado de óbito do Brasil como edifício jurídico. Aconteceu quando aquele Oficial de Justiça, em dever de oficio, entregava um Mandado de Imissão de Posse, após esbulho possessório (invasão) praticado pelo MST. O documento foi rasgado e seus fragmentos atirados ao vento. Nenhuma consequência resultou, contra esta desobediência-desacato!
Eis que uma desgraça final, parece se abater sobre nós. Um General desastrado, na presidência do (STF) Supremo Tribunal Federal, acaba de assinar (em cima e em baixo) a extrema-unção da falecida ordem jurídica brasileira. Está nas Paginas Amarelas da VEJA, 07/07/10. O ministro Cezar ! Peluso, pode ter a ver com a ironia do nome, detonou: Ninguém lê 10.000 açíµes. Admite, parte das decisíµes da Corte são delegadas a assessores técnicos. Mais adiante“A menos que seja absolutamente necessário, não se deve mandar um criminoso para a cadeia. Esta última até que faz sentido, já que não temos cadeias, senão cortiços apodrecidos. Por hoje chega. Só para fechar: Habemos Lege? (Temos Leis?)… Resposta “ De que leis falas, Cara Pálida?.
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