JUSTIí‡A ZAROLHA

15 de julho de 2010

                       

                          Atenção Paroquianos!…e demais leitores.   Esta coluna (crí´nica?) vai causar asfixia. Apertem os cintos. Imaginem-se a bordo de um avião de linha. Estamos navegando na Aerovia Verde-1, a 10 mil metros acima do ní­vel do mar. Subitamente acontece uma despressurização da cabine …as máscaras despencam. O piloto inicia a operação-padrão de descida, necessária para que os humanóides retornem a sua condição de bí­pedes oxigênicos.  

                      A metáfora guarda perfeita semelhança, com o que vivemos hoje em Pindorama. Esta que vem de Colí´nia, depois Império, depois Estados Unidos do Brasil e, finalmente, República Federativa do Brasil. N™A FOLHA de 23/08/08 já haví­amos abordado o fato de, aos trancos e barrancos, vivermos tentando articular os escombros de um paí­s   que busca consolidação e estabilidade como Estado de Direito. Isto não impede de, como figuração, no conceito internacional viva o Brasil a vender glamour e jactância. Lembra aqueles espelhos de duas faces, encontradiços nos hotéis e motéis. Uma delas mostra a realidade real (vale a redundância), na escala 1:1. A outra, aumentativa, exacerba a vaidade de um governo enganador, exibicionista, deslumbrado numa aura de quem pensa que é Sol, mas não passa de Mercúrio.

 

 

   PRETí“RIO EXCELSO

(STF)

   

                      Para quem não está lembrado, Pretório era aquela tenda que abrigava o General romano em campanha. Excelso, é o adjetivo dos adjetivos. Estes são termos correntes no trato das lides jurí­dicas, quando referidas í s Supremas Cortes. Voltando í  atmosfera respirável, bem ao ní­vel do mar, devemos explicar o uso daquele substantivo drástico lá em cima: escombros. Em abordagens anteriores, mostramos o primeiro atestado de óbito do Brasil como edifí­cio jurí­dico. Aconteceu quando aquele Oficial de Justiça, em dever de oficio, entregava um Mandado de Imissão de Posse, após esbulho possessório (invasão) praticado pelo MST. O documento foi rasgado e seus fragmentos atirados ao vento. Nenhuma consequência resultou, contra esta desobediência-desacato!  

                      Eis que uma desgraça final, parece se abater sobre nós. Um General desastrado, na presidência do (STF) Supremo Tribunal Federal, acaba de assinar (em cima e em baixo) a extrema-unção da falecida ordem jurí­dica brasileira. Está nas Paginas Amarelas da VEJA, 07/07/10. O ministro Cezar ! Peluso, pode ter a ver com a ironia do nome, detonou: Ninguém   lê 10.000 açíµes. Admite, parte das decisíµes da Corte são delegadas a assessores técnicos. Mais adiante“A menos que seja absolutamente necessário, não se deve mandar um criminoso para a cadeia. Esta última até que faz sentido, já que não temos cadeias, senão cortiços apodrecidos. Por hoje chega. Só para fechar: Habemos Lege? (Temos Leis?)… Resposta “ De que leis falas, Cara Pálida?.

 

 grlacerd@terra.com.br


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