OPINIíO DO LEITOR – SALDOS DO VERíO 2010

19 de março de 2010

Mais um ano se passou e Torres continua linda e fazendo seu turismo. Seja pouco, seja muito, ou empobrecido, ou de má qualidade é um turismo receptivo. As pessoas vêm até aqui com show ou sem show, com eventos ou sem eventos populares. Quem vem veranear quer curtir o nada e badalar de acordo com o que o seu bolso permite. Exatamente. As opçíµes de programas devem ser dirigidas a um público alvo que seria o perfil do consumidor visitante.   íˆ desta forma que daremos continuidade aos parâmetros desejados por quem recebe novo público e quem chega por tempo indeterminado. A nós que batalhamos o ano inteiro servindo, construindo, vendendo, comprando, enfim, trabalhando para que a cidade sobreviva da melhor forma, cabe estar consciente que não adianta reclamar do que poderia ter sido o verão e sim enfiar a cara nas aspiraçíµes de melhoria na força de trabalho, não só para o próximo verão, mas para o ano inteiro. Preparar as pessoas, exigir o melhor serviço possí­vel nas mais variadas áreas. Também é no exemplo do comportamento em sociedade que podemos medir o grau de exigência de uma comunidade. Será que podemos exigir o que habitualmente não se faz? Explico.  

í‰ que neste verão assisti o palco dos horrores, desde o reveillon até o carnaval. Tinha montanhas de gente por aqui. Faziam piquenique na praia, lotavam os carros de bebida e direto pro calçadão, í  noite, encher a cara e ouvir música altí­ssima. A cidade suja. A lixeira? A rua, areia da praia, terrenos baldios. A culpa é nossa mesmo. Entupimos a cidade de gente, mas não temos mão de obra suficiente para dar conta do recado. Falta fiscalização, por parte dos órgãos competentes, faltam produtos no mercado para abastecer todo esse povo, e falta educação. í‰ a cidade do achí´metro, porque está sempre achando que tudo vai funcionar, mesmo sem preparo. E quem pode reclamar agora? Nenhum de nós. Porque não exercemos a nossa educação. Passamos o ano inteiro colocando o nosso lixo no terreno do vizinho. Baganas de cigarro, papel de bala, comida para os animais abandonados, tudo jogado pelas ruas e calçadas. Reformando as casas e colocando restos de demolição nos terrenos baldios. E por aí­ vai. Sem essa de dar lição de moral. Vamos é nos unir como fazem as famí­lias de bem quando a casa não anda. Vamos sentar e conversar, exigir e por os pingos nos is. Ou seja, cada um no seu quadrado, mas trabalhando por uma Torres melhor.

   Zilka Jacques


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