OPINIíO – Plano Diretor

30 de julho de 2010

                                     

 

 

     

 

Bom exemplo público

 

     

 

Num domingo pela manhã, funcionários da prefeitura municipal que trabalham na rua para atender demandas extraordinárias, e que iam recolher um leão marinho que apareceu morto na beira da praia, recolhem caliças de restos de obras em ruas próximas í  avenida Beira Mar, na Praia Grande. Trata-se de um bom exemplo de parceria tácita da prefeitura, pois a responsabilidade de gerenciar os restos de obras em qualquer lugar da cidade é do proprietário da Obra. Sabemos que isto é uma praga na cidade, pois , eu não sei o porquê, veranistas e moradores somente fazem um cí´moro na frete das obras e esperam que a municipalidade recolha, o que gera sujeira e estorvo ao tráfego de carros e pedestres nos locais.

Nestes casos a municipalidade mostra parceria, poderia ela, se quisesse, ao invés de recolher os entulhos, deixar debaixo da porta da obra uma multa, prevista em lei. E só sabemos reclamar, não?

 

 

Por que não se diferenciar através de bikes?

Li um artigo do publicitário Alfredo Fedrizzi na última quinta-feira em Zero Hora. Ele reclama do sentido inverso que está indo o Brasil no que se refere ao transporte. Diz ele, com muita propriedade, que a Europa, além das cidades estarem aumentando ainda mais a competência dos transportes públicos, nas estradas através de trens e nas cidades através de metrí´s, os grandes centros se diferenciam também por assumir que a bicicleta se trata, sim,  de um meio de transporte altamente inteligente. Diz ele no artigo que para os europeus e parte de americanos, bicicleta não é mais coisa de pobre. A afirmação pode ser um pouco arrogante e preconceituosa com os pobres, mas o fundamento dela é o que vale.

Ricos ou pessoas da classe média conseguem andando de bike fazer várias coisas que são parte e suas        vidas no mesmo ato, se locomovendo em alguns casos (ou na maioria dos casos) de bicicleta. Fazem exército para todo o corpo, substituindo as academias ( para as bundas nas mulheres que as veneram é fundamental para mantê-las empinadas,   graças a Deus…); estacionam defronte seus objetivos de destino   (não reclamarão mais dos atrasos por falta de estacionamento); saem rapidamente de seus destinos também ( importante, pois pagar estacionamento ou procurar o carro em alguns casos atrasa novos compromissos); fazem sua parte no modismo de preservação do ar ( vão para o céu   quando morrem conforme a religião); alem de não gastar gasolina, não gastar estacionamento, não gastar pneus, não arriscar ser assaltado (a), não criar custos de manutenção do carro, e etc. ( o que gera economia, talvez para um bom final de semana em Torres em um hotel ou em Gramado, com direito í  refeiçíµes em restaurantes e champanhe francesa antes de dormir) .

Mas o que falta é assumir isto pelas autoridades públicas. Criar estacionamentos de bicicletas pela cidade é o primeiro passo; criar algumas ciclovias em avenidas mais movimentadas o segundo; fazer campanhas de conscientização para que os moradores do lugar que possuem carros utilizem a bike a terceira, mas tem uma fundamental: incluir a bicicleta como um meio de transporte oficial, reconhecido por lei, e criar algumas regras para as bikes, como emplacamento, exigências de sinalizadores, etc.

 

   

Por que não se diferenciar através de bikes, agora em Torres?

   

A cidade de Torres é praticamente toda plana, só tem o morro do centro Alto da cidade e o outro é somente lá na subida do Centenário, ou do São Jorge. E só!. Outro dado a ser levado em conta é o número de pessoas que já utilizam a bicicleta por aqui para meio de transporte. O motivo é econí´mico, mas é um fato. Regrar isto poderia facilitar os mais pobres que utilizam a bike para trabalhar e se divertir como seu único meio de transporte.Além deste segmento, eu diria, social da cidade, poderí­amos nos diferenciar turisticamente por sermos uma cidade que recebe de braços abertos os usuários de bicicleta que querem, por exemplo, utilizar este meio de transporte durante as férias para dar férias inclusive dos carros, da gasolina, do stress de ter de estacionar, de ter que ouvir buzinas atrás e ter de buzinar para abrir a frente… um segmento que deve existir, basta dizer para ele que o recebe com carinho e organização.

Já existe projeto para ciclovias na reforma da Prainha, na reforma da Praia Grande. Por que não incluirmos o item BICICLETA como tema transversal em nossas polí­ticas públicas. Por que não podemos, aqui na cidade, fazer um grande cadastro de bicicletas inclusive combatendo os roubos, já que elas terão documento e placa? Por que não disponibilizamos sinalização de ˜olho de gato gratuitos na cidade para os donos de bicicletas que não os têm, ou cobrando preços subsidiados?   Será que custa mais que as bolsas ou ranchos que damos? Por que não criamos vários estacionamentos de bicicleta para que as pessoas possam andar com segurança de não serem roubadas? Podem ser inclusive nas calçadas, por que não?

Trata-se de um cavalo encilhado que está passando. Alguma cidade Turí­stica vai fazer isto, cabe a nós sabermos se não é interessante chegarmos na frente conceitualmente. Vamos lá?

 

   

MOLHES DO MAMPITUBA

   

Muito boa a Aí‡íƒO do prefeito João Alerto em apresentar para nossos representantes em Brasí­lia o projeto feito junto í  nossa vizinha Passo de Torres da ampliação dos molhes do rio Mampituba. Trata-se de realmente uma mudança de paradigma do turismo da cidade. Os recursos são grandes se for olhado o orçamento de um municí­pio, mas para um orçamento federal, é troco…

Mas devemos marcar de cima isto, e em minha opinião poderí­amos também aproveitar a outra idéia feita pela FUNDEST e também apresentá-la para os maker decisions que vão brigar por nós na Capital Federal.  í€s vezes um projeto mais ambicioso, que mexa com Marinha e outras áreas,  é mais interessante politicamente para que o orçamento seja provado. Portanto, acho que deverí­amos também apresentar a idéia da FUNDEST, que é faraí´nica, mas se o governo fizer, que venha…

 

     

Plano Diretor

   

Não dá mais: Temos que encaminharmos urgente nossas modificaçíµes no Plano Diretor Urbano da cidade! Não é admissí­vel que nossa cidade não tenha uma regra atualizada própria para construção, mesmo que os problemas sejam resolvidos de certa forma com aprovaçíµes pontuais. Se algum empresário empreendedor de fora quer construir um condomí­nio ou um hotel aqui, ele se informa sobre as regras de nosso Plano Diretor atual, que tem que aprovar em separado praticamente tudo, e acaba indo pra Xangri-lá, para Garopaba…

Além disto, o Plano Diretor é a forma que a sociedade define que quer crescer. Os que não querem edifí­cios, que não venham cobrar obras de primeiro mundo adiante, que saibam…  Já os que querem edifí­cios de forma desregrada , que não venham dizer adiante que seus imóveis não vendem por falta de estrutura urbana para tal…

 Portanto, vamos ao Plano, e que os radicais de ambos os lados se posicionem, e assumam os í´nus   e os Bí´nus de sua decisíµes…


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