Maragato foi o nome dado aos sulistas que iniciaram a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul em 1893, em protesto a política exercida pelo governo federal representada na província por Julio de Castilhos. Os maragatos eram identificados pelo uso de um lenço vermelho no pescoço (situação).
O termo tinha uma conotação pejorativa atribuída pelos legalistas aos revoltosos liderados por Gaspar da Silveira Martins, eminente tribuno, e o caudilho estrategista Gumercindo Saraiva, que deixaram o exílio, no Uruguai, e entraram no Rio Grande do Sul a frente de um exército de lenços vermelhos.
Como o exílio havia ocorrido em região do Uruguai, colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos, então chamados Pica-paus, os apelidaram de Maragatos, buscando caracterizar uma identidade “estrangeira” aos federalistas.
Com o tempo, o termo perdeu a conotação pejorativa e assumiu significado positivo, aceito e defendido pelos federalistas e seus sucessores políticos.
Na Revolução de 1923 desencadeada contra a permanência de Borges de Medeiros no governo do estado, novamente a corrente maragata rebelou-se, liderada pelo diplomata e pecuarista Assis Brasil. Seus antagonistas que detinham o governo, eram chamados no Rio Grande do Sul, de Ximangos, comparando-os a ave de rapina. O lenço vermelho identificava o Maragato. O lenço branco identificava o Pica-Pau e o Chimango (Situação).
O movimento originou, no Rio Grande do Sul, o Partido Libertador, de grande influência regional. (com informações de Wikipédia)