Após pedido de Nego (e), Prefeita Nílvia (centro) levou advogada í Câmara (d)
Por Fausto Júnior
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O vereador Nego (PC do B) questionou no microfone da Câmara e a prefeita apareceu para responder. Nílvia Pereira foi í última sessão da casa legislativa torrense, realizada na segunda-feira (03/11), para dar sua versão sobre a já polêmica contratação da banda Oba Oba, que se apresentou como atração principal do Réveillon de Torres de 2013/14. O assunto vem sendo recorrente em discursos na Câmara Municipal, e o vereador do PC do B ameaçou pedir que se instaurasse uma CPI na Casa para investigar possíveis irregularidades na contratação. Nego, no entanto, pediu em discurso na própria câmara, que a prefeita fosse lá – na Casa do povo – dar sua versão sobre o que aconteceu".
Nílvia acabou, como sempre, falando de várias obras da prefeitura em seu posicionamento no legislativo. Falou sobre problemas que a municipalidade tem encontrado para levar adiante exigências da comunidade, mais uma vez culpou a prefeitura anterior – de João Alberto Machado – pela escuridão no calçadão da Praia Grande (há dois anos sem troca de lâmpadas e completamente í s escuras); pela dificuldade de se obter licenciamento ambiental junto ao Parque Itapeva, por conta de uma omissão da antiga prefeitura (conforme Nílvia), e etc. Mas Nílvia falou, sim, sobre o assunto principal que a levou í sessão: as explicaçíµes sobre a contratação da banda Oba Oba Samba House, contratação esta que é protagonista de várias denúncias explanadas na casa legislativa pela oposição “ principalmente pelo vereador Alessandro (PMDB) e agora também pelo vereador Nego (PC do B). A razão principal da polêmica seria o valor do show: R$ 280 mil, enquanto outras prefeituras contrataram o mesmo show por R$ 50 mil em outra oportunidade. Nílvia introduziu o assunto lembrando que sua gestão quer se comprometer “ como o governo federal, de Dilma Rousseff “ de ser absolutamente combatente de qualquer procedimento que envolva possibilidade de corrupção na administração de Torres. E a prefeita levou uma advogada da municipalidade para explicar em que pé está esta demanda dentro da prefeitura.
Quebra de sigilo dos envolvidos
A advogada Helen de Souza – que trabalha para a prefeitura locada em um escritório dentro do Fórum torrense – foi escolhida pela administração para dirigir uma Sindicância Interna sobre o assunto, conforme disse, a pedido da própria prefeita Nílvia. Helen disse que o assunto vem sendo investigado internamente desde julho deste ano (2014), mas que não poderia, ainda, abrir nomes envolvidos, pois não existem “ também ainda – provas cabais para tal procedimento. Mas a advogada afirmou que o próximo passo será de pedir a quebra de sigilos pessoais dos nomes investigados. E que esta demanda teria de ser aprovada pelo Judiciário. A advogada encerrou afirmando que não possui prazo para maiores detalhamento, mas que segue seu trabalho de forma reta; e que espera o apoio do judiciário.
Vereador Alessandro questionou a razão de tanta demora
Nas perguntas de vereadores, o oposicionista e protagonista maior das denúncias, Alessandro Bauer (PMDB), perguntou para a prefeita o porquê da demora da abertura da Sindicância na municipalidade, já que as denúncias vieram antes. A prefeita Nílvia respondeu que o processo seguiu os ritos da administração; repetiu que nada nesta gestão ficará sem investigação interna e que, inclusive, irá abrir sindicâncias em todos os shows contratados pela municipalidade, inclusive os shows contratados antes dela (Nílvia) assumir.