Troca de cadeiras
O agora ex- secretário de Turismo já está no SESC, por merecimento, diga-se de passagem. Roniel se mostrou um belo administrador em sua função na pasta. Mas quem irá substituí-lo?
Existem informaçíµes consistentes que dão conta que o vereador Gimi teria sido convidado. E o prefeito me disse que ele, o Gimi, teria pedido um tempo para assumir, pois teria que cuidar de assuntos pessoais antes.
Portanto, acho que o vereador deve assumir a pasta. Agora é í hora de fazer acontecer em uma área onde Gimi tem afinidades e que acredita como uma das mais importantes para a geração de emprego e renda da cidade. Tenho certeza que a linha de ação o novo secretário continuará seguindo o rumo aplicado por Roniel (nos últimos anos), agora no SEC, que priorizou trabalhar na estrutura e no ambiente turístico ao invés de trabalhar como um departamento de eventos gratuitos para buscar turistas oportunistas. Bom trabalho, seja lá qual for o secretário.
Troca de cadeiras II
A saída do ex-secretário Pardal da pasta da Saúde e a conseqí¼ente entrada do vereador agora licenciado Tiaguinho têm dois vieses a serem considerados. O primeiro é a estampada (dita e factual) tarefa nova do atual vice-prefeito, que não serve para ficar sentando em uma cadeira esperado que o titular viaje para trabalhar, de atuar forte na administração, em todas as pastas, como uma espécie de assessor direto do prefeito João Alberto. A segunda é a aposta do prefeito e do PMDB local em nomear politicamente mais uma vez um secretário, pois Tiago não é do setor, como não era o Pardal quando assumiu. Isto dá mais responsabilidade ao ético, coerente, paciencioso e dinâmico vereador Tiago.
Se repetir a lógica anterior, a cidade pode usufruir disto sem custos adicionais. Tiago pode repetir a superação mostrada por Pardal e fazer uma administração progressista na Saúde Pública de Torres, em fase de crescimento. Já Pardal, por sua vez, se repetir seu estilo que aproveita a capacidade de disciplina e respeito í hierarquia obtidos através da carreira militar e repetir sua obsessão empreendedora, que faz que aconteça o que parece impossível de acontecer, também levará para outras secretarias e projetos a eficiência mostrada por ele na gestão da Saúde de Torres. Parabéns aos dois, e vamos trabalhar!
Troca de várias cadeiras pela frente?
Existem outras secretarias que deverão trocar de titular pela frente. O secretário de Finanças João Oriques está de férias e não devera assumir sua cadeia na volta. Parece que quer partir para negócios próprios ou para a carreira de executivo. Em seu lugar deverá entrar o atual secretário do Meio Ambiente Aristeu Moreira, coringa e galo cinza do prefeito João Alberto, que deverá cuidar bem dos cofres públicos como fez até então João Oriques, pois a prefeitura tem mostrado alto grau de eficiência recuperação fiscal desde 2004.
E a secretaria do Meio Ambiente fica aberta… Pra mim, tecnicamente, a atual Gerente de Licenciamento Ambiental Dóra Laidens tem o perfil e mostrou serviço competente por todos os locais que passou na prefeitura. Meio ambiente é coisa séria, necessita de pessoas retas, sem preconceitos e éticas, atributos que Dóra Laidens possui. Mas ela é do PV, e o PV não tem vereador na Câmara, embora esteja junto da atual administração desde antes da campanha de 2004, há seis anos, portanto, sem nunca ameaçar trair a confiança do PMDB.
Atualmente a coligação tem o PSDB, que tem um secretário e uma gerência importante na prefeitura, embora não tenha um vereador na Câmara; o PPS, que tem uma secretaria e vários CCs; o PTB, que também tem uma secretaria e outros cargos; o PR, que tem CCs e o PV, que tem somente uma gerencia. Se o prefeito for critério político na decisão, acho que a pasta deve ir para outro partido com representação na Câmara. Mas se optar por uma visão técnica, Dóra e o PV devem ganhar a vaga que será aberta.
Terra do Barulho
Está colocado formalmente na proposta do Código Ambiental, que está em fase de quase votação na Câmara, a definitiva assunção de que os Carros de Propaganda sonora que circulam pela cidade não se tratam de poluição sonora. Está aprovado e assinado pelo Conselho do Meio Ambiente; está aceito pela maioria dos vereadores e, inclusive, existem emendas corporativas no próprio Código que asseguram hereditariedade nas licenças e limitam o mercado dos Carros de Som.
Do jeito que está, Torres poderá se projetar no mercado do turismo do Brasil, do RS e do mundo como A Terra que o Barulho é Livre. Deve ter turistas que gostam disto, existe gosto pra tudo… Mas eu, particularmente, não investiria um centavo (se tivesse!) em atividade de Turismo em uma cidade que, além de não proibir barulho por lei, faz lei para proteger o barulho.
Chiadeira í Vista…
E o mesmo Código ambiental, que está sendo aprovado na Câmara e só pode mudar agora através de um vereador, prevê que haja fortes limitaçíµes para as fachadas e letreiros das lojas. No código está limitado a 15 cm. o avanço máximo que os letreiros, por exemplo, poderão ter nas lojas das ruas e avenidas. Isto quer dizer que adeus aos Picolés, Toldos, etc.
Eu, particularmente, acho que a medida é válida, mas acho que deva vir acompanhada de uma linha de crédito para que as empresas possam reformar suas fachadas e colaborarem para a harmonia visual da cidade.
Para haver modificaçíµes, os interessados agora podem ainda buscar apoio em um vereador de sua confiança…
Escalação do Dunga…
E todas estas modificaçíµes que estão sendo encaminhadas, com regras e sançíµes, receberam uma chance pra que pessoas ou entidades que estão diretamente ligadas í s mudanças pudessem modificá-las ou ao menos chiar sobre elas, pois teve uma Audiência Pública na segunda-feira passada (24) formatada justamente para que dirigentes empresariais ou sindicalistas fossem a ela reclamar dos prejuízos que sua categoria de trabalho poderia ter com a implementação do Código (que vai sair, do jeito que for). Mas na reunião não se viu discurso de hoteleiro reclamando do barulho, sequer de lojistas reclamando da rigidez do Código.
Já existem leis federais que regulam o excesso de barulho e o excesso de exploração visual nas ruas. Mas como estas leis são de difícil fiscalização federal, não são aplicadas na prática. Nos últimos anos, movimentos em cidades dão conta que o rumo é a regulação disto, principalmente em cidades turísticas.
Mas o pessoal parece que preferiu ficar em casa no dia da audiência para checar a escalação do Dunga para a Copa do Mundo com esperança que tivesse um gremista ou colorado na nova lista, ou para assistir í novela as oito.
Plano Diretor
E a audiência Pública sobre o Código Ambiental, que perdeu em audiência para a Rede Globo, recebeu, ao contrario da maioria das categorias, a presença maciça de empresários ligados í Construção Civil de Torres. Houve reclamação (com razão) das várias tentativas de trazer para debate as modificaçíµes do Plano Diretor de Torres. A prova maior disto é a primeira edição do jornal A FOLHA, acontecida há quatro anos trás, que trazia na capa como manchete principal os detalhes que faltavam para haver a modificação do nosso Plano Diretor Urbano. Passaram-se quatro anos e estamos na mesma cadeira, esperando e esperando… Daqui há alguns dias poderemos abrir uma TV e repetir a matéria…