Nesta semana que passou o tema homossexualismo foi parte de fundamentaçíµes para atacar ou aprovar um dos candidatos que concorreram na final do maior fení´meno de mídia atual, o Big Brother Brasil (BBB), que bom ou ruim, de fato é líder de audiência e conquistou o telespectador de todo o país. Uns diziam que o concorrente da final chamado de Dourado não merecia o premio por ser preconceituoso com os homossexuais que participaram da edição do reality show; outros, ao contrário, defendiam o "brother afirmando que sua postura não havia demonstrado este preconceito. Mas a questão ficou no preconceito e não em outras várias posturas do mesmo concorrente como sua excessiva franqueza, í s vezes estúpida, seu comportamento coletivo, muitas vezes agressivo e tosco, etc. O que ficou em debate foi o preconceito ou não ao homossexualismo.
Aqui em Torres, na Câmara Municipal, o mesmo assunto veio í tona em debate público, propagado por duas rádios e gravado para nos anais da casa legislativa. A questão mais uma vez foi sobre o acerto ou não de nosso secretário de turismo ter se disponibilizado como gestor de turismo local para ficar como cidade de braços abertos para o turismo feito por homossexuais, uma discussão que veio í público no início do verão por ter sido divulgada em Zero Hora, portanto, propagada de forma maciça. Na época da veiculação, a jornalista de ZH veio í cidade para fazer uma matéria que poderia levar Torres para uma posição positiva de vanguarda no trade do turismo, mas alguns interpretaram a matéria de denegridora de nossa imagem como destino turístico, o que gerou o debate: Tudo em cima do preconceitos…
Os vereadores que se posicionaram frontalmente contra qualquer movimento de aproximação com o mercado dos homossexuais, um segmento que se formatou organizado justamente por seu alto poder de consumo, como o da terceira idade, por exemplo, não deveriam se expor desta forma perante seus eleitores e até perante a lei de certa forma. Um vereador em uma cidade turística tem quase que a obrigação se ser receptivo ao ingresso de turistas na cidade, independente de seu perfil. Se há algum momento que representantes públicos não devam se posicionar abertamente sobre seus preconceitos pessoais e familiares, é este: representando seus eleitores perante o mercado de turismo, que sustenta a cidade, gera emprego e renda e afinal sustenta direta ou indiretamente mais de 70% da economia local.
As pessoas podem ter conceito. Podem e devem escolher bem os seus companheiros de turma, escolher os locais de frequencia de seus filhos, etc. Mas de forma alguma devem ter preconceito com qualquer coisa, sob pena de cometerem injustiças enormes, principalmente quando se referem í s pessoas que movimentam o mercado formal da cidade e pagam a maioria dos impostos que sustentam justamente os homens públicos pagando seus salários.
Estão erradas, portanto, as pessoas que colocaram no centro das atençíµes um preconceito no caso do Big Brother. Estão erradas todas… Estão errados também os vereadores de Torres ao, publicamente, colocarem conceitos pessoais como preconceitos coletivos, principalmente tentando colocar este fardo nas mãos dos tomadores de decisíµes públicas locais.
Atualmente não ter preconceito com raça, cor, opção sexual, dentro outras fobias, não é somente uma questão de respeito í s leis que criminalizam isto com a intenção justamente de frear exageros. Não ter preconceitos faz parte de ser ou não ser civilizado. E uma cidade que se diz turísticas e que possui legisladores preconceituosos não pode se considerar uma cidade civilizada: trata-se de uma aldeia que sonha enriquecer com o dinheiro de seus visitantes, mas quer decidir o perfil dos mesmos como se fossem seus filhos, embora, ao contrário, são estas pessoas que os sustentam. Portanto, os filhos nestes casos são os vereadores.