Vereadores que querem votação í  presidência da Cãmara secreta defendem suas posições

27 de maio de 2010

Após assinarem projeto de lei que muda o regimento da Câmara de vereadores de Torres, transformando a votação para a eleição da mesa diretora da casa para Votação Secreta,  e após também ouvirem em silencio na semana anterior os posicionamentos contrários de seus colegas de Câmara, três dos cinco vereadores que idealizaram o projeto de votação secreta acabaram se posicionando sobre o assunto na última sessão da casa legislativa realizada na segunda-feira (24). A matéria está para entrar para sessão de votação e debates a qualquer momento e o placar atualmente é de cinco votos a três. O vereador e presidente da casa Rogério Jacob não se posicionou sobre o assunto. Os vereadores Betão da Cal (PPS) e George Rech (PTB), que constam como autores do projeto, não se posicionaram sobre suas opiniíµes. Mas os vereadores Gimi (PMDB), Idelfonso Brocca (PP) e Tenora (PP) fizeram questão de deixarem suas opiniíµes registradas nos anais das sessíµes da Câmara em seus posicionamentos na última sessão ordinária do legislativo.

 Tenora afirmou que estava tranqí¼ilo sobre sua opção. Fiz com toda a tranqí¼ilidade minha assinatura o projeto porque fui eleito pelo voto secreto e acho que aqui também deve de ser assim em casos que achemos melhor, disse o vereador pepista.

Gimi lembrou que sua opção é somente de haver voto secreto para a eleição da Mesa Diretora. Assino o voto secreto para a votação da Mesa Diretora porque se trata de assunto administrativo. Se o voto é aberto, alguns vereadores não conseguem ser presidentes como já constatamos em nossa experiência aqui, pois acordos partidários acabam deixando que os votos sejam diferentes das reais vontades dos colegas, justificou Gimi.

 

Já o vereador Idelfonso Brocca foi enfático em seu posicionamento defendendo o voto secreto. Ele é também autor de um projeto de lei aprovado no ano passado que exige a transparência os atos do legislativo, de certa forma conflitante com a idéia que agora defende de votação secreta. E foi o que explicou. Meu voto vai ser favorável para a votação secreta, pois acho que este caso é pessoal, mesmo sendo baluarte da transparência nas votaçíµes í  projetos públicos coletivos. Quem me conhece sabe que sou defensor da transparência, mas neste caso se trata de um debate interno, entre os vereadores e o poder na Câmara, disse. Brocca.

   Na semana passada, os vereadores José Ivan Pereira (PMDB), Professora Lú (PT) e Tiago da Silva (PMDB) se posicionaram publicamente contra o projeto de modificação, todos acusando a ação de retrocesso no processo democrático.


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