Após assinarem projeto de lei que muda o regimento da Câmara de vereadores de Torres, transformando a votação para a eleição da mesa diretora da casa para Votação Secreta, e após também ouvirem em silencio na semana anterior os posicionamentos contrários de seus colegas de Câmara, três dos cinco vereadores que idealizaram o projeto de votação secreta acabaram se posicionando sobre o assunto na última sessão da casa legislativa realizada na segunda-feira (24). A matéria está para entrar para sessão de votação e debates a qualquer momento e o placar atualmente é de cinco votos a três. O vereador e presidente da casa Rogério Jacob não se posicionou sobre o assunto. Os vereadores Betão da Cal (PPS) e George Rech (PTB), que constam como autores do projeto, não se posicionaram sobre suas opiniíµes. Mas os vereadores Gimi (PMDB), Idelfonso Brocca (PP) e Tenora (PP) fizeram questão de deixarem suas opiniíµes registradas nos anais das sessíµes da Câmara em seus posicionamentos na última sessão ordinária do legislativo.
Tenora afirmou que estava tranqí¼ilo sobre sua opção. Fiz com toda a tranqí¼ilidade minha assinatura o projeto porque fui eleito pelo voto secreto e acho que aqui também deve de ser assim em casos que achemos melhor, disse o vereador pepista.
Gimi lembrou que sua opção é somente de haver voto secreto para a eleição da Mesa Diretora. Assino o voto secreto para a votação da Mesa Diretora porque se trata de assunto administrativo. Se o voto é aberto, alguns vereadores não conseguem ser presidentes como já constatamos em nossa experiência aqui, pois acordos partidários acabam deixando que os votos sejam diferentes das reais vontades dos colegas, justificou Gimi.
Já o vereador Idelfonso Brocca foi enfático em seu posicionamento defendendo o voto secreto. Ele é também autor de um projeto de lei aprovado no ano passado que exige a transparência os atos do legislativo, de certa forma conflitante com a idéia que agora defende de votação secreta. E foi o que explicou. Meu voto vai ser favorável para a votação secreta, pois acho que este caso é pessoal, mesmo sendo baluarte da transparência nas votaçíµes í projetos públicos coletivos. Quem me conhece sabe que sou defensor da transparência, mas neste caso se trata de um debate interno, entre os vereadores e o poder na Câmara, disse. Brocca.
Na semana passada, os vereadores José Ivan Pereira (PMDB), Professora Lú (PT) e Tiago da Silva (PMDB) se posicionaram publicamente contra o projeto de modificação, todos acusando a ação de retrocesso no processo democrático.