Nova ofensiva contra o “golpe dos nudes” teve suspeitos presos em Osório e Torres

Investigações estão em curso desde o ano passado. Nesta terça (22) Polícia Civil cumpriu 42 mandados de busca e de prisão em cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre e no interior - incluindo Torres (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

22 de fevereiro de 2022

A Polícia Civil do RS deflagrou uma nova ofensiva contra o chamado “golpe dos nudes”. Ao amanhecer desta terça-feira (22), a DP de Esteio, sob comando da delegada Luciane Bertoletti, deflagrou a segunda fase da operação X-Con. Houve o cumprimento de 42 mandados de prisão e de busca e apreensão em Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Montenegro, Torres, São Borja, Osório, São Leopoldo e Itaqui. Até esta terça (22), 17 suspeitos foram presos pelos crimes de extorsão e associação criminosa.

A primeira etapa da operação começou em setembro de 2021, quando foram identificados indivíduos vinculados a detentos ou ex-presidiários, mas associados a pequenos núcleos. A primeira fase da operação X-Con aconteceu naquele mês, sendo cumpridas 113 ordens judiciais na ocasião. “Essa ação é outra ofensiva de combate aos crimes virtuais que tiveram um aumento expressivo no período de confinamento”, enfatizou a delegada Luciane Bertoletti.

 

Entenda o ‘golpe dos nudes’

 

O “golpe do nudes” consiste em um primeiro contato por uma rede social ou pelo aplicativo WhatsApp, onde uma pessoa jovem e bonita instiga uma vítima a trocar mensagens de cunho sexual e fotos intimas. Na sequência, outra pessoa se apresenta como pai da jovem, dizendo que a filha é menor de idade e a conduta da vítima se amolda ao crime de pedofilia.

Para não denunciar e não levar o fato ao conhecimento de um delegado que acarretaria consequentemente na prisão da vítima, o suposto pai exige depósitos em dinheiro. Na maioria das vezes, após o recebimento de valores, o criminoso continua exigindo dinheiro ao alegar a necessidade de submeter sua filha a tratamento psicológico ou, ainda, exigindo o depósito de valores para reparar prejuízos materiais. Inclusive um dos argumentos era que as falsas vítimas teriam que passar por tratamento de saúde em falsa clínica.

Segundo a polícia, a quadrilha ainda usa nomes e fotos reais de policiais, tirados de redes sociais, ameaçando com registro de ocorrência ou expedição de mandado de prisão. Os envolvidos no golpe são intimidados a pagar para evitar responderem ao suposto crime.

 

FONTE – G1 e Correio do Povo

 


Publicado em: Policial






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