Pesquisadores realizam estudos em paleotocas no território do Geoparque Cânions do Sul

Entre os dias 18 e 20 de abril, um grupo de pesquisadores de duas universidades percorreu municípios do Geoparque realizando levantamento de informações sobre paleotocas, estruturas fósseis bioerosivas. Os trabalhos foram realizados em Cambará do Sul (RS), Morro Grande (SC) e Timbé do Sul (SC).

21 de abril de 2021

Entre os dias 18 e 20 de abril, um grupo de pesquisadores de duas universidades percorreu municípios do Geoparque realizando levantamento de informações sobre paleotocas, estruturas fósseis bioerosivas. Os trabalhos foram realizados em Cambará do Sul (RS), Morro Grande (SC) e Timbé do Sul (SC). O grupo visitou cinco estruturas para avaliar aspectos como forma das paleotocas, tamanho, direcionamento e presença de marcas de escavação. Durante os trabalhos de pesquisa, foram produzidos vídeos explicativos que serão divulgados em breve nas mídias oficiais do Geoparque, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a geodiversidade do território.

Representando o Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, de Mafra, integraram a equipe os professores: geólogo Dr. Luiz Carlos Weinschutz e o paleontólogo MSc João H. Zahdi Ricetti. Também participaram das atividades os professores da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), de Florianópolis, integrantes do Comitê Educativo e Científico do Geoparque: Maria Carolina Villaça Gomes, Dra. em Geografia Física pela USP, e Jairo Valdati, Dr. em Geologia pela Universidade de Modena. O graduando de Geografia da UDESC Arthur Philipe Bechtel acompanhou a equipe, coletando dados para seu trabalho de conclusão de curso.

Segundo o Prof. Dr. Luiz Carlos Weinschutz, “estes dados se juntaram às análises já realizadas em mais de 30 paleotocas do Geoparque, e poderão fornecer informações sobre padrões de escavações e, assim, melhor relacioná-las com o possível animal escavador. Numa segunda etapa, serão analisadas as marcas de escavação, e através de estudos biomecânicos (feitos em parcerias com outras instituições) inferir com maior precisão quais foram os animais escavadores”.

De acordo com o professor Dr. Jairo Valdati, as atividades em campo foram muito proveitosas para a realização de trabalho em conjunto entre as duas universidades, com a possibilidade de produzirem em colaboração mútua novos projetos no território.

Os pesquisadores destacam o potencial paleontológico da região do Geoparque. As paleotocas são bem expressivas, mas vários outros fosseis podem ocorrer nessa região, o que atrai o interesse de muitos pesquisadores do Brasil e até do exterior. Esses estudos em breve serão apresentados como artigos científicos e apresentações em eventos, divulgando o Geoparque.

 

*Assessora de Comunicação – CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL CAMINHOS DOS CÂNIONS DO SUL


Publicado em: Meio Ambiente






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