Nesta semana, a Polícia Civil de Torres recebeu o resultado dos exames, feitos no Instituto de Perícias do Governo, de um cidadão, preso no início deste ano após ter sido acusado de ter estuprado uma mulher em Torres. A análise do material genético constatou a culpa do indivíduo pela agressão sexual, e a partir do mesmo exame pericial foi desvendado outro caso. É que o material genético do indivíduo investigado também bate com o que foi colhido após outra agressão sexual, ocorrida em 2013, também aqui em Torres. As mulheres violentadas tinham 55 e 64 anos de idade na época dos ataques
Conforme informou o delegado Celso Alan Jaeger para a imprensa, os dados computadorizados do material genético colhido da vítima de violência sexual no ano de 2013 – que teve coragem de fazer exame de corpo de delito – foram confrontados com o resultado do exame do acusado por estupro em fevereiro de 2017 (resultado este que saiu no final do mês passado). E a polícia, agora, entrega prova cabais sobre o caso criminal, elucidando que o estuprador é o mesmo nos dois casos, ou seja: provas de que ele violentou duas mulheres aqui na cidade de Torres.
O mesmo delegado lembra que o estuprador pode ter cometido outros crimes no mesmo intervalo de tempo. “Infelizmente, muitas mulheres não denunciam à polícia este tipo de crime. Tivemos o apoio das duas vítimas, que tiveram coragem e persistência para apoiar a investigação, acusando e se submetendo aos exames periciais necessários”, explica Jaeger. O acusado de ser o estuprador está preso em Osório desde o início do ano. Agora ele vai responder por dois crimes similares contra duas vítimas diferentes, um caso de crime em série.
A FOLHA e a Polícia Civil não divulgam nomes nem características mais específicas dos crimes por conta de um reclame da Comissão de Diretos Humanos da Assembleia Legislativa do RS, que notificou a DP de Torres e a corregedoria da Polícia Civil do Estado pela DP torrense ter fornecido dados da defesa do acusado quando preso, no início do ano. A Comissão considera que a exposição das vítimas acaba sendo dupla caso os leitores consigam identificar as mesmas por narrativas dos casos. E A FOLHA, então, respeita o pedido da Comissão Temática da Assembleia Legislativa.