Na quinta-feira, dia 24 de março, em Torres, foi dado o início da Assembléia de Verão da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O evento aconteceu durante dois dias em auditório da SAPT – reunindo quase 400 prefeitos do Rio Grande do Sul em Torres para debate de pautas municipalistas. Mas marca também o início de um ano de campanha eleitoral para o governo do RS, e consequentemente o debate sobre temas que envolvem as relações e demandas do municipalismo e as esferas superiores do poder.
Na abertura da convenção, várias autoridades estaduais, regionais e municipais de todo o RS participaram de falas. O presidente da Famurs, Eduardo Bonotto, comentou um pouco sobre demandas de municípios do Brasil, alertando que o municipalismo não poderia aderir a campanhas nacionais feitas com recursos ordinários municiais. Falou ainda da importância dos municípios caminharem juntos nas pautas que interessam às administrações e que diretamente afetam a qualidade da vida da população.
Anfitrião do evento, o prefeito Carlos Souza agradeceu por mais uma vez Torres ser a sede da Assembleia, destacando que a atividade é de grande importância para desenvolver do Estado. “A união de forças constrói o desenvolvimento”. A seguir patrocinadores também falaram como o representante do Banrisul e da Corsan, ambas as empresas estatais que ainda são geridas pelo governo gaúcho.
Mourão contextua Brasil perante pandemia e guerra na Ucrânia
Por volta do meio dia, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, fez sua esperada participação na Assembléia. Ele irá concorrer ao senado na eleição deste ano pelo Estado do RS.
Os impactos na pandemia de Coronavírus no Brasil e o bom trabalho feito pelos governos brasileiros – na vacinação e mitigação dos danos da doença – foram elencados em seu discurso. Mais adiante, o vice-presidente listou algumas vantagens estratégicas do Brasil em decorrência de mudanças nas cadeias comerciais mundias (também por conta da pandemia), o que, segundo ele, acabou ajudando a nação a recuperar sua economia (pelo fato de ter maior procura das commodities brasileiras para a alimentação e estrutura no mundo).
A seguir, Hamilton Mourão destacou os impactos da guerra no leste europeu – manifestando-se contrário a atuação de presidente da Rússia, Vladimir Putin – e falou da quase certa influência no abastecimento mundial, inclusive sugerindo que possa haver falta de alimentos no norte da África. E mais uma vez citou a importância do Brasil neste contexto, por ser grande produtor de alimentos para todo o planeta. Em meio a este assunto, também comentou sobre a situação de estiagem no Rio Grande do Sul, solizarizando-se com produtores locais.
Debate entre pré-candidatos ao governo gaúcho
Na tarde da mesma quinta-feira, dia 24, a Assembléia da Famurs promove uma espécie de debate entre nomes cogitados como pré-candidatos ao governo do Estado do Rio Grande do Sul. O painel esboça as primeiras ideias e propostas dos possíveis nomes que irão disputar o Piratini.
Presentes os pré-candidatos Beto Albuquerque (PSB), Ciro Simoni (PDT), Edegar Pretto (PT), Luiz Carlos Busato (União Brasil), Luiz Carlos Heinze (PP), Marco Della Nina (Patriota), Onyx Lorenzoni (PL); Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) e Roberto Argenta (PSC). A mediação do painel será feita pela jornalista e colunista de política do Grupo RBS, Rosane de Oliveira.
