Na semana passada, dias 16 e 17 de agosto, os voluntários do Projeto Felinos de Itapeva – que monitora e promove a proteção da única espécie de felino silvestre presente em Torres – finalizaram sua segunda campanha de vacinação intercontinental de cães domésticos no município.
Com a ajuda da Associação Torrense de Proteção aos Animais (ATPA) e dos servidores do Parque Estadual de Itapeva (SEMA/RS), a equipe de voluntários retornou a residência de 30 tutores do entorno imediato ao Parque para completar a vacinação dos cachorros domésticos que haviam recebido a primeira dose da vacina Polivalente V8 Importada, em julho.
Nesses dois dias, 55 cães tiveram sua imunização finalizada e receberam a carteirinha de vacinação do projeto com os selos das vacinadas aplicadas. Essa ação faz parte de uma iniciativa realizada em mais de seis países por pesquisadores da conservação membros do Tiger Cats Conservation Initiative (TCCI). Cada campanha recebe apoio financeiro da Fundação de Conservação dos Pequenos Gatos Silvestres (SWCCF), instituição de caridade norte-americana, e visa estabelecer um programa regular de vacinação, castração e medicação de cães e gatos domésticos de tutores conhecidos e domiciliados nos arredores de áreas protegidas ou de habitats importantes para felinos silvestres ameaçados de extinção.
Essas campanhas, que incluem a imunização contra a raiva e outras oito doenças virais, por meio da Polivalnete V8 Importada, também fazem parte do programa de Conservação Gatos do Mato Américas, do Instituto Pró-Carnívoros, de São Paulo, que se dedica a monitorar e proteger as oito espécies de pequenos felinos do Brasil.
Ao todo, o projeto torrense vacinou cerca de 150 cães domésticos desde março de 2022. Esses animais foram imunizados contra a raiva, a cinomose canina, a leishmaniose, a parvovirose, e outras doenças graves, aumentando sua proteção e diminuindo a possibilidade da transmissão de doenças graves ao gato-do-mato-do-sul, espécie alvo do projeto, e que reside no Parque Estadual de Itapeva. Ainda para este ano, outras ações estão sendo planejadas para garantir a diminuição desse risco e para estabelecer outras frentes de atuação do projeto no ano que vem.
Esperamos que essa iniciativa contribua para reduzir o risco da transmissão de doenças para o gato-do-mato-do-sul, promova a tutoria responsável de cães e gatos domésticos no município, auxilie na conscientização ambiental da comunidade e fortaleça a ação daqueles que promovem a harmonia socioambiental.
*com informações de ATPA