Renovação foi uma das marcas na 20ª Feira da Biodiversidade em Três Cachoeiras

Pensada no início da década de 2000 pelo Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Urbanas e Centro Ecológico para valorizar o trabalho das propriedades rurais agroecológicas, a cada ano a feira foi incluindo possibilidades e ganhando novos destaques. 

29 de junho de 2023

Momento de encontro entre quem produz e quem consome, a Feira da Biodiversidade alcançou a marca de 20 edições no dia 28 de junho em Três Cachoeiras. Pensada no início da década de 2000 pelo Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Urbanas e Centro Ecológico para valorizar o trabalho das propriedades rurais agroecológicas, a cada ano a feira foi incluindo possibilidades e ganhando novos destaques.

Neste ano, o encontro no Salão Paroquial São José reuniu famílias e grupos de agricultura ecológica, artesanato, tapeçaria, plantas medicinais e ornamentais, com escolas, aldeias indígenas e a Regional Litoral dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Na parte das oficinas, os temas foram compostagem de resíduos orgânicos, meliponicultura, despolpa de açaí de juçara e saúde integral.

“Cada edição é uma nova edição, né? É diferente, mas é um lugar também de reencontro. Além de a gente ver todas as maravilhas que a gente preserva da biodiversidade, é o reencontro com as pessoas”,  pontua uma das idealizadoras do evento, a agricultora Jurema Justo Mengue, do Movimento de Mulheres Camponesas.

“Cada ano mais gratificante. Mais pessoas diferentes que a gente conhece, apresenta o trabalho da gente, a vida da gente é roça”, avaliou  Jorge Evaldt, do grupo do Morro do Forno. O agricultor levou mais de 40 variedades de alimentos, entre frutas, tubérculos, farinhas e sementes.

 

Escolas

Para Laércio Meirelles, a Feira da Biodiversidade representa o auge do trabalho de assessoria técnica do Centro Ecológico na região. Atualmente o consultor em Agroecologia considera como ponto alto da feira a presença das escolas. “É lindo ver a interação das crianças de diferentes idades. É bonito ver a integração deles, entre eles, com as pessoas que estão expondo seus produtos, perguntando, conversando, respondendo, interagindo”.

Cinco instituições de ensino mostraram projetos de educação ambiental desenvolvidos na região: Dom José Baréa e Maria Angelina Maggi, de Três Cachoeiras, João Steigleder e Pedro Antonio Selau, de Morrinhos do Sul  e o Instituto Federal Catarinense Campus Santa Rosa do Sul, em Santa Catarina.

“Há muito conhecimento aqui na Feira da Biodiversidade sobre plantas nativas, sobre frutos que não são tão comuns aqui na nossa alimentação. Então é muita aprendizagem, muita troca de informação que ocorre entre as crianças, entre os jovens e os adultos”, observou a educadora Eliane Pereira Hencke.

 


Publicado em: Meio Ambiente






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