O empresário Carlos Flores Chaves Barcellos, o Alemão Caio, não foi localizado pela polícia nos últimos sete dias em pelo menos três endereços diferentes em Porto Alegre e, por isso, é considerado pela Justiça como foragido do sistema penitenciário. Ele estava em prisão domiciliar e na semana passada alegou problemas de saúde para não comparecer ao Tribunal do Júri em Torres. O réu é acusado de matar por ciúmes o namorado da ex-mulher no ano de 2011, no Litoral Norte.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), a juíza Marilde Goldschimdt foi comunicada pela polícia na tarde de quarta-feira (11) que Alemão Caio não foi localizado em residências nos bairros Tristeza e Moinhos de Vento, bem como em uma clínica no Bom Fim. Como a advogada dele se negou a defendê-lo na ausência do empresário em plenário, na semana passada, o Conselho de Sentença foi dissolvido, foi marcado novo júri para setembro e o réu teve prisão preventiva decretada.
Por cinco tentativas desde 2014, a Justiça tenta realizar o julgamento do acusado. Em todos os casos, foram alegados motivos como problemas de saúde do empresário, que realiza tratamento na Capital, dificuldade para localização de testemunhas ou pedidos de tempo da defesa para se inteirar do processo.
O novo júri foi marcado para o dia 13 de setembro deste ano. Segundo a acusação, Alemão Caio teria assassinado com golpes de faca José Augusto Bezerra de Medeiros Netto há sete anos no Litoral por não aceitar o relacionamento dele com a sua ex-mulher, Ivanise Menezes Chaves Barcellos. O acusado responde por homicídio e ainda pela tentativa de homicídio de Ivanise. Se condenado, ele pode ficar preso pelo período de 12 a 30 anos pelo homicídio e de 10 a 20 anos pela tentativa de homicídio.