Riscos da presença de piranhas-vermelhas no Litoral Norte foram debatidos em evento

Equipe de Torres participou das discussões do 1º Fórum Regional sobre Espécies Invasoras nas Águas do Litoral Norte. Apesar da preocupação, ainda não há oficialmente registro da presença de palometas na região

Palometa, também chamada de piranha-vermelha (FOTO em Jornal NH)palometa, uma espécie de piranha (fonte Jornal NH)
4 de dezembro de 2023

No dia 30 de novembro, equipe da Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo de Torres – representado pela secretária Fernanda Brocca, o diretor e biólogo Rodrigo De Rose e a bióloga Larissa Zanette – participaram do 1º Fórum Regional de Espécies Invasoras do Litoral Norte, realizado em Osório. O evento reuniu lideranças do setor público e político, técnicos de entidades ambientais e referências do meio acadêmico e científico com o propósito de debaterem e ampliarem os conhecimentos sobre o manejo de espécies aquáticas invasoras dos ecossistemas no Litoral Norte.

As principais abordagens foram em torno das espécies de peixes tilápia e palometa (também conhecida como Piranhas Vermelhas), animais que despertam preocupações devido os potenciais alterações e riscos que possam exercer sobre os sistemas biológicos e socioeconômicos. “O governo do Estado esteve presente e conduz as estratégias frente as dificuldades desta pauta que necessita a união de esforços”, ressalta a comunicação do Governo do RS .

Na ocasião, a secretária Fernanda Brocca (que representou o prefeito Carlos Souza, de Torres, pela AMLINORTE), destacou discussões paralelas ao evento para definir e traças metas conjuntas na projeção de ações envolvendo a temática. Segundo Fernanda, a junção dos diferentes setores e atores é de suma importância para que os municípios possam atuar em bloco conforme as problemáticas se mostrarem no âmbito local.

1º Fórum Regional sobre Espécies Invasoras nas Águas do Litoral Norte ocorreu dia 30 de novembro

 

Problemas com as palometas

 

O coordenador do Jogue Limpo com Osório, Aluizio Verdinho, disse que esta preocupação com as espécies invasoras, principalmente as palometas (uma espécie de piranha, natural da Bacia do Rio Uruguai, na Fronteira Oeste), já vem de algum tempo. “Este ano tivemos confirmada a notícia que a espécie já chegou ao Rio Guaíba e Lagoa dos Patos. Recentemente foi feita uma reunião na Amlinorte para tratar do tema, mas não evoluiu e, em conversa com técnicos do Ceclimar (Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos da UFRGS), idealizamos este fórum.”

Márcia Tedesco, Prefeita de Balneário Pinhal e atual presidente da Amlinorte, participou do evento. O secretário adjunto de Estado do Meio Ambiente, Marcelo Camardelli Rosa,  também marcou presença e informou à presidente da Amlinorte da intenção do Estado em promover um amplo estudo referente ao ingresso destas espécies predadoras na Bacia do Rio Tramandaí, com apoio das universidades e municípios.

“Cabe salientar que ainda não há oficialmente registro da presença de palometas na região. As autoridades estão monitorando a situação e devem ser imediatamente avisadas caso os trabalhadores da pesca registrem a presença destes predadores nos rios e lagoas locais”, ressalta a comunicação da Amlinorte.

 

Tilápias

Outra espécie invasora que vêm causando certa preocupação na região é a tilápia, originária do continente africano mas já bastante introduzida no Brasil.

“A tilápia é uma invasora que pode transferir patógenos e elevar as taxas de eutrofização – surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias. Ela também compete com espécies nativas por recursos, por alimentos e espaço. A tilápia é um bicho territorialista”, destaca Jean Vitule, do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.

Tilápia (foto meramente ilustrativa)

 

 


Publicado em: Meio Ambiente






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