O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) alerta para o risco de falta de médicos em Torres. Os médicos que atuam no Pronto Atendimento (PA) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ameaçam romper seus contratos em função da falta de condições dignas de trabalho e de uma política de remuneração mais justa.
O SIMERS marcou uma reunião com o prefeito Carlos Souza nesta quarta-feira (01/11) para negociar uma saída. Mas devido a uma agenda na Argentina, o chefe do Executivo municipal cancelou o encontro de forma unilateral (conforme a assessoria do SIMERS). Na pauta, estava o projeto de lei que o prefeito se comprometeu a enviar à Câmara de Vereadores, em abril, prevendo um incentivo remuneratório aos médicos. Uma nova reunião deverá ser agendada entre a entidade médica e o prefeito de Torres.
“Na época, o prefeito assumiu o compromisso, juntamente com a Procuradoria Geral do Município e a secretária municipal de Saúde, de encaminhar a proposta, pois os vereadores certamente votariam a favor da medida, que resultaria em mais saúde para a população”, destaca o diretor do SIMERS, André Gonzales.
Para o representante da entidade médica, os avanços são essenciais para garantir a manutenção dos serviços de Saúde na iminência da temporada de verão, quando a população da cidade aumenta consideravelmente. “Há o risco de desassistência da população que vêm para Torres em massa para o réveillon, carnaval, festa de Navegantes e até mesmo para veranear”, alerta Gonzales. “Esperamos, agora, que o prefeito mantenha o compromisso já firmado e que o incentivo se torne realidade o mais breve possível”, enfatiza o diretor do SIMERS.