município de Dom Pedro de Alcântara – distante cerca de 15km de Torres – teve desviados R$ 8 milhões dos cofres públicos, os quais teriam sido subtraídos pelo tesoureiro da prefeitura, Simão Justo dos Santos, de 38 anos. O ex-funcionário da prefeitura – que foi inicialmente preso no dia 08 de março – teria mandado o dinheiro para as contas pessoais dele, entre março de 2020 e fevereiro deste ano. Uma reportagem de Giovani Grizotti – produzida pela RBS TV e exibida pelo Fantástico – detalhou o esquema criminoso no dia 02 de maio.
O destino dos recursos eram aplicações no mercado financeiro, mas o servidor alega ter perdido tudo. Para a reportagem do Fantástico, Simão não se manifestou, e seu advogado alegou que não se manifestaria porque o inquérito tramita em segredo de Justiça. Ao prestar depoimento, o tesoureiro explicou que investiu em um mecanismo, conhecido como “stop loss”, mas perdeu o dinheiro. Ele pretendia usar os recursos desviados para recuperar o prejuízo. “Ele acabou imaginando que retirando da prefeitura ele conseguiria apostar nessas bolsas, investir nas bolsas, retirar o que ele havia perdido, e em um segundo momento devolver para Prefeitura Municipal”, explica a chefe da Polícia Civil, Nadine Anflor.
Segundo a prefeitura de Dom Pedro de Alcântara, o funcionário tinha várias senhas com as quais realizava as transferências que chegavam a R$ 150 mil cada. Ele também maquiava as prestações de contas. O alerta foi feito pelo gerente de uma das contas, que passou a estranhar as TEDs de valores elevados.
O valor desviado representa quase metade de toda previsão de gastos para este ano da cidade com 2,5 mil habitantes. O tesoureiro foi indiciado por peculato, com pena que varia de 2 a 12 anos de prisão.