Tendo Ilha dos Lobos como referência, professor tem artigo selecionado pela maior editora de revistas científicas do mundo

Professor da Uergs Litoral Norte, Paulo Ott teve artigo selecionado pela Springer Nature junto com outras 32 produções internacionais

9 de maio de 2017

O professor Paulo Ott, da Uergs no Litoral Norte, teve um artigo indicado como um dos mais relevantes de 2016 para a temática da conservação, dentre outros publicados em várias revistas de todo o mundo. A seleção foi feita pela Springer Nature, considerada a maior editora de revistas científicas do mundo e pioneira no campo da pesquisa aberta. O artigo ‘The human dimension of the conflict between fishermen and South American sea lions in southern Brazil (A dimensão humana do conflito entre pescadores e leões marinhos sul-americanos no sul do Brasil)’ tem autoria de Ott e pesquisadores de outras universidades do Brasil e do exterior, sendo que havia sido publicado pela Revista Hydrobiologia em maio do ano passado.

A Springer Nature lançou no ano passado a proposta “Mudar o mundo, um artigo de cada vez”, em que editores-chefes de diversas revistas foram convidados a selecionar os resultados científicos mais relevantes, publicados em 2016, que poderiam ter grande impacto nos problemas mais urgentes da sociedade. O artigo de Ott (e pesquisadores associados) foi selecionado junto com outras 32 produções internacionais.

 

Estudo teve Ilha dos Lobos como referência

 

A pesquisa foi realizada próxima ao Refúgio da Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, importante unidade de conservação marinha no município de Torres, no Rio Grande do Sul, e analisou a percepção dos pescadores sobre o conflito existente entre a pesca e os leões-marinhos, os quais buscam peixes para sua alimentação e acabam, muitas vezes, diminuindo o rendimento econômico da pesca ou danificando os petrechos de pesca utilizados. Como resultado, os pesquisadores verificaram que a percepção dos pescadores sobre os danos causados pelos leões-marinhos, assim como suas atitudes em relação à espécie, são influenciadas pela idade, posição hierárquica, grau de instrução e dependência da atividade pesqueira como fonte de renda.

Outra constatação do estudo de Ott foi de que os pescadores com idade mais elevada, menor grau de instrução e maior dependência da pesca são aqueles que mais enfatizam e ‘magnificam’ os danos causados pelos leões-marinhos. São estes também que apresentam atitudes mais negativas em relação à espécie.

A fim de contornar esta situação, os pesquisadores recomendam ações de educação ambiental, voltadas especialmente para o esclarecimento da real magnitude das perdas econômicas resultantes desse conflito e do potencial da espécie para impulsionar o turismo de observação da vida silvestre na região.

 








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