Velório do torrense morto por tiro de PM recebeu homenagens e manifestações da comunidade

Judiciário dá autorização para que jovens envolvidos respondam as acusações em liberdade e secretário do governo do RS diz que abordagem foi inadequada

Homenagem de vizinhos em frente ao prédio de Fábio
24 de agosto de 2021

Na manhã desta terça-feira, dia 24 de agosto, aconteceu o velório do policial aposentado morto em Torres na madrugada de segunda-feira numa ação entre civis e Policiais Militares na madrugada anterior. Familiares e amigos de Fábio Zortéa (falecido) além de autoridades da sociedade de Torres e de jornalistas da mídia estadual compareceram à cerimônia, quando houve homenagens de parceiros do torrense, seus colegas da Polícia Rodoviária Federal,  local onde Zortéa trabalhou,  além da homenagem de conhecidos ao prestigiado torrense que se foi por conta do triste acontecimento da madrugada de segunda-feira. Também houve manifestações durante o velório. Alguns presentes carregavam cartazes com palavras de ordem pedindo justiça na apuração dos culpados  pela trágica morte.

Na sessão da Câmara de Vereadores de Torres, ocorrida no dia anterior,  também houve algumas manifestações mostrando tristeza pelo acontecido durante participação dos vereadores na Tribuna Popular da Casa Legislativa.

As redes sociais também apresentam em fotos de capas de páginas das “time lines” de moradores de Torres (parentes ou não de Fábio Zortéa) uma tarja com os dizeres “Luto por um Amigo”, isto por conta do falecimento trágico ocorrido em Torres.

Na frente do prédio  que  mora a família enlutada, local onde ouve o  tiro fatal, amigos e vizinhos fizerem uma homenagem ao colocar flores e velas no lugar. Estas todas são e foram demonstrações da grande popularidade e de afeto que Fábio Zortéa possuía na sociedade torrense.

 

Secretário de Segurança do RS diz que a abordagem dos PMS foi fora dos padrões 

 

O Secretário de Segurança do RS, o vice-governador do Estado Randolfo Vieira Júnior, afirmou em entrevista de rádio de abrangência estadual, realizada na manhã desta terça-feira, dia 24 de agosto, que mesmo não sendo ainda o diagnóstico final, ele poderia, sim, adiantar que a abordagem dos PMs feita contra os jovens e o pai da família Zortéa teria sido desapropriada e que contraria aos ensinamentos das academias de polícia do RS.

O mesmo secretário diz que as investigações e os inquéritos darão mais dados para que o trabalho seja avaliado de forma mais técnica para descobrir o que foi errado, pois pode haver novas informações dos acontecimentos que elucidem os tristes fatos. Mas assumiu que o erro de abordagem existiu.

Os brigadiano envolvidos no advento na madrugada de segunda-feira estão afastados de suas funções da BM e irão responder a um inquérito Militar. Um deles disparou  contra Fábio Zortéa, o que causou sua morte.

Na tarde de terça-feira, uma entrevista coletiva de imprensa foi concedida para as várias emissoras e jornais de nível estadual e local nas dependências da Delegacia de Polícia Civil de Torres. O pronunciamento oficial foi feito pelo subchefe da Polícia Civil, delegado Fábio Mota Lopes e pela delegada regional Sabrina Defentte (o titular da DP de Torres está de férias).  E na Coletiva, dentre outras várias informações, o pronunciamento acabou também confirmando a inclusão dos Policiais Militares na investigação da Polícia Civil, além do inquérito Militar já em andamento dentro da Brigada Gaúcha. Dois PMS deram tiros no confronto. Os outros agiram depois dos disparos.

O subdelegado também afirmou que já existe várias informações recolhidas em interrogatórios feitos pela polícia entre os envolvidos, direta e indiretamente. E que existem já algumas informações conflitantes, por isso não iria adiantar o que já foi apurando antes de verificar onde está o conflito de dados.

 

Jovens presos em flagrante vão responder em liberdade

 

A juíza titular da comarca de Torres, também nesta terça-feira despachou autorização para que os dois jovens da família Zortéa, presos em flagrantes no evento por desobediência a ordem policial e outras acusações, pudessem responder ao inquérito e ao processo contra eles em liberdade. A juíza lembra que a prisão em flagrante delito foi aceita pelo poder judiciário, mas que os filhos de Fábio Zortéa, morto com três tiros deflagrados por um policial militar na madrugada de segunda-feira deverão responder pelos crimes apontados no flagrante sem a necessidade de estarem presos preventivamente.

Um dos jovens envolvidos no confronto com a polícia ainda está hospitalizado, quando se recupera de um dos tiros que recebeu de um PM na perna. O Outro já está em casa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado em: Policial






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