Vereador quer apoio social para moradores que tiverem saídas irregulares de esgoto cortadas pela prefeitura

Indicação é para o Promotor da comarca no sentido de avaliar as reações às obrigatoriedades de fechamento de saídas por ordem de ações jurídicas

Ação fiscalizatória fechou cerca de 30 ligações clandestinas de esgoto em agosto
2 de novembro de 2019

Na última sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na sexta-feira, dia 25 de outubro (excepcionalmente), foi requerida e aprovada uma INDICAÇÃO de autoria do vereador Gimi (MDB). Esta indicação é para que seja encaminhada ao Promotor Público Estadual da comarca de Torres, Marcio Roberto Silva de Carvalho, o pedido de providências acerca de casos em algumas residências das Ruas 21 de Maio e Leopoldino João da Rosa, no Bairro Jardim Eldorado (Curtume), que estariam conforme o vereador “despejando esgoto cloacal e água servida na rua pública”. No texto da indicação, Gimi lembra que as ruas não possuem rede coletora pública de esgotamento e que as casas, na maioria, sequer possuem espaço nos terrenos para construírem a fossa sanitária e sumidouro para resolver o problema. Gimi também classificou que os casos são, na maioria, de pessoas e famílias com baixo poder econômico.

O vereador justifica o pedido a promotoria pública tendo em vista que os casos em evidência são de casas antigas, em uma localidade em que o lençol freático é próximo ao nível da rua, e que há muito tempo existe culturalmente a prática de ligar o esgoto direto em valas (sem fossa), justamente pela falta de rede coletora. Pelo pedido, os moradores das ruas citadas estariam numa crítica situação, onde as crianças, idosos e moradores em geral convivem com o odor insuportável, contato com esgoto e águas servidas in natura.

Ação civil indica a necessidade de ação urgente.

O problema é oriundo de uma sentença judicial do MPF (Ministério Público Federal)que obriga que a prefeitura seja a propiciar 100% de esgoto captado ou tratado na urbanidade de Torres, o que consequentemente obriga a municipalidade a realizar o fechamento de saídas de esgoto diretas em córregos ou em ruas. Trata-se de uma parte do objetivo maior sentenciado juridicamente.

A prefeitura, por outro lado, vem realizando ano após ano (principalmente nos anos 2007/2012) o aumento das redes de captação de esgoto. Mas o trabalho deve ser mais acelerado – embora seja terceirizado pela a Corsan, através de contrato de prestação de serviço, que não está sendo cumprido conforme os termos (sempre por problemas de falta de recursos para investimentos).

A resolução dos problemas das casas populares, muitas delas sem documentação em dia, acaba sendo a prioridade justamente pela falta de recursos das famílias que possuem estes imóveis.

 

 


Publicado em: Meio Ambiente






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