Depois de diversos mutirões de reflorestamento com árvores nativas, a aldeia Mbya Guarani de Torres deu mais um passo para firmar a segurança alimentar de suas 28 famílias. Em uma oficina organizada pelo Centro Ecológico na sexta-feira, 28 de outubro, os indígenas prepararam um canteiro para o plantio de hortaliças. Também receberam sementes e mudas. “Pra gente é muito importante. A semente que hoje eu recebi é muito importante para a família. A gente aprende com vocês e o branco aprende com os índios”, avaliou o Cacique Mário, da Aldeia Tekoá Nhu’u Porã (Mbya Guarani) .
“Algumas foram eles que pediram , outras a gente trouxe para estar trazendo mais biodiversidade aqui pra aldeia, que anos atrás era uma fazenda, tem o solo muito degradado. Então várias espécies de adubação verde , vários tipos de feijões, milho, tudo isso a gente foi trazendo em parceria com eles”, descreveu o agrônomo Gabriel Meirelles.
A assessoria técnica do Centro Ecológico à agricultura indígena se dá por meio de um projeto de reflorestamento da Associação de Estudos e Projetos com Povos Indígenas e Minoritários (Aepim). No início de 2022, com recursos do seu próprio projeto chamado Adaptação Climática e financiado pelo Adaptation Fund Climate Innovation Accelerator (AFCIA), o Centro Ecológico pode se integrar a este trabalho.