Baleia Jubarte encalha e morre em praia de Arroio do Sal

Uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada encalhada na manhã desta terça-feira (05) no Balneário São Jorge, em Arroio do Sal

FOTO - JPLITORALRS
5 de agosto de 2025

Uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada encalhada na manhã desta terça-feira (05) no Balneário São Jorge, em Arroio do Sal (Litoral Norte gaúcho). Inicialmente, havia relatos de que o animal estava vivo e com uma corda de rede presa à cauda, dificultando sua movimentação. No entanto, a triste confirmação veio horas depois: a baleia, um indivíduo jovem, já estava morta ao ser localizada.

 

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O Encalhe e a Confirmação da Morte

O encalhe ocorreu na altura da Avenida Gramado, mobilizando rapidamente bombeiros, policiais militares e a comunidade local. A preocupação inicial era com a corda de rede que, segundo relatos, estava presa à cauda do animal, sugerindo que isso poderia estar dificultando seu movimento e colocando sua vida em risco. Contudo, ao chegarem ao local, pesquisadores do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar/UFRGS) confirmaram que a baleia já estava sem vida.

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O médico veterinário Derek Blaese, especialista em animais marinhos do Ceclimar, esteve no local para avaliar a situação. Ele informou que se tratava de uma jubarte jovem, com aproximadamente um ano de vida e cerca de 7,80 metros de comprimento. Blaese também mencionou que, embora houvesse relatos de cabos enrolados na cauda, estes já haviam sido cortados quando ele chegou. A condição corporal do animal era bastante debilitada.

 

 Encalhes no Litoral Gaúcho: Um Cenário Recorrente

O encalhe de baleias jubarte no litoral do Rio Grande do Sul não é um evento isolado. A região é rota migratória para diversas espécies de cetáceos, e encalhes, tanto de animais vivos quanto mortos, são registrados com certa frequência. As causas são variadas e podem incluir doenças, colisões com embarcações, emaranhamento em redes de pesca (como possivelmente ocorreu neste caso), ou até mesmo desorientação.

Órgãos ambientais e centros de pesquisa, como o Ceclimar e o ICMBio, atuam no monitoramento e resgate desses animais, além de realizarem estudos para entender melhor os fatores que levam a esses incidentes e desenvolver estratégias de conservação.

 

 Apelo à População

Diante de situações como essa, as autoridades reforçam a importância da população manter distância do animal e não tentar intervir por conta própria. O contato com animais marinhos encalhados pode ser perigoso tanto para as pessoas quanto para os próprios animais, além de poder contaminar o local e dificultar o trabalho das equipes especializadas.

Em casos de encalhe, a orientação é acionar imediatamente a Patram (Patrulha Ambiental), o Corpo de Bombeiros ou a Defesa Civil, que são os órgãos competentes para lidar com a situação de forma segura e adequada.

 

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Publicado em: Meio Ambiente






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