BOLSONARO X LULA: Centro seria a salvação?

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

10 de agosto de 2022
Por Fausto Júnior

Está mantida a polarização na eleição para presidente. De um lado o atual presidente, que se elegeu com a missão de retirar os políticos que roubavam no poder desde 2003 – e conseguiu. E que agora quer se reeleger alicerçado na plataforma que afirma que se voltarem estes mesmos políticos da esquerda, o Brasil irá sucumbir.

De outro lado da polarização, um ex-presidente querendo voltar ao poder após ter sido preso por corrupção embora os processos tenham sido anulados pela justiça após meses de prisão do réu. E para se eleger, ataca a atual administração como foi atacado no passado, na plataforma que deprecia o atual governo em termos éticos como chama-lo de genocida, preconceituoso e irresponsável.

Em minha opinião uma postura central seria a salvação frente a um Brasil dividido e postado em duas trincheiras, atirando de um lado e se defendendo de ataques de outro. Temos algumas candidaturas de centro no contexto sem desempenho efetivo nas pesquisas. Mas que podem mudar justamente em cima dos ataques da campanha de ambos os lados polarizado: esquerda e direita. Se não vejamos:

No Rio Grande do Sul, em 2005, o ex-governador Germano Rigotto (MDB) iniciou a campanha eleitoral com 3% de intenção de voto. Mas na eleição, Antônio Brito (PPS), de um lado e Tarso Genro (PT) do outro se digladiavam nas campanhas de TV e nos debates. Rigotto se postou como pacificador, com propostas para frente, sem atacar de forma alguma o passado, seja lá qual ele fosse. E se elegeu!

No Brasil o cenário pede justamente uma candidatura pacificadora central como foi no RS em 2005. A guerra será forte entre esquerda e direita e abrirá espaço para uma proposta de paz ao centro. E isto seria bom para desmanchar os exércitos que se formaram no Brasil para a guerra entre esquerda e direita.

 

No RS a briga é por CAMINHOS DA SALVAÇÃO

 

Mesmo com a traição a si próprio protagonizada pelo governador eleito (mas em licença) do RS Eduardo Leite, onde prometera na campanha de 2018 que não concorreria à reeleição, mas que concorre, as pesquisas mostram que ele possui chance de reeleição. Atrás dele nas pesquisas vem o candidato bolsonaristas Ônix Lorenzoni, seguido por nomes com pouca representatividade.

O fato de Leite ter conseguido pagar os salários dos servidores do Estado em dia após anos de pagamentos atrasados, d forma hilária acaba sendo seu grande diferencial. O trabalho de colocação das contas públicas em dia iniciado pelo ex-governador Sartori continuou e foi apalpado neste governo no poder no RS pela forte liberação de recursos do governo federal para os Estados Federativos por conta da pandemia de Covid 19 por dois anos. Ou seja: o estado está SENDO SALVO DA FALÊNCIA, mas nenhuma medida estrutural foi apresentada na prática como receita da saída efetiva da bancarrota, como a diminuição forte do TAMANHO do Estado, a diminuição dos duodécimos para os poderes judiciário e legislativo, por exemplo, etc.

Por outro lado as propostas dos concorrentes ao governo irão enfrentar a rebeldia justamente da área onde deveria ter mais diminuído as despesas: o funcionalismo. O Pessoal dos sindicatos dos servidores, principalmente da área de segurança pública e Educação reclamam que perderem poder aquisitivo e direitos salariais, uma arma para a esquerda poder conquistar votos em troca de promessas de recomposição deste setor, ou seja, votos em troca de aumento salarial, mesmo que irresponsável como já foi em outros governos.

 

DEPUTADOS E SENADORES

 

Dentro deste emaranhado de ideias polarizadas e falta de protagonistas de soluções corajosas no Brasil, cabe lembrar que nossa Constituição “Cidadã” permite que a sociedade faça coisas ou proíba coisas que outros ideais querem fazer através de votos no Congresso Nacional. Isto consequentemente estampa a necessidade de darmos preferencia para nomes corajosos que possam fomentar a realização de nossos ideais dentro da Câmara Federal e do Senado. Se não vejamos:

A reforma tributária completa vêm sendo tentada há décadas. Mas acaba sendo abortada ou retalhada quando entra na pauta do Congresso Nacional. É que o corporativismo estatal comandado por servidores e políticos que defendem a continuidade de cargos e setores a mais na máquina estatal, defensores de salários altos e acima das mesmas funções do setor privados pagos pelo setor público e benefícios e leis que defendem direitos muitos maiores para a categoria dos funcionários públicos participa dentro de várias agremiações. E consequentemente tem o poder de não deixar que ideias de racionalização destes gastos se criem, muito menos que se implantem. Esta força do corporativismo estatal consegue até derrubar presidentes como aconteceu com Collor de Melo e atualmente atua sobre este governo de direita que ameaça mexer neste castelo.

Portando cabe a nós colocarmos deputados e senadores no Congresso Nacional que tenham perfil para defender ideias, seja ela de direita – como a racionalização do uso dos recursos públicos, seja ela de esquerda, defendendo a manutenção do atual estado gigante que se transformou na máquina estatal.  Isto é democracia e será sempre o debate central.

Outro exemplo foi a lei que diminuiu o ICM sob combustíveis nos ESTADOS FEDERATIVOS. A matéria foi votada com êxito em Brasília, tem diminuído sobremaneira o preço dos combustíveis em todo o Brasil, o que irá diminuir a inflação geral, mas tem governadores que querem que o STF cobre do Estado Brasileiro a conta da diminuição de arrecadação dos Estados federativos que tinham ICMS com alíquotas grandes e então estão tendo de enfrentar diminuição de arrecadação tributária.

Medidas como estas mostram a importância de nós cidadãos priorizarmos a preferencia da escolha de deputados e senadores ao invés de ficarmos em cima de presidente ou governador. O Congresso tem muito poder e pode ser o caminho da aplicação de nossos ideais, sejam eles de esquerda, de direita ou de centro.

 

 A TENDÊNCIA DA POSSE DO GINÁSIO DA ULBRA

 

Os vereadores de Torres Igor Beretta (MDB), Moisés Trisch (PT) e Dilson Boaventura (MDB) assinam em conjunto um pedido de providência formal na Câmara de Torres para que seja colocada em regime de Urgência a tramitação do Projeto de Lei nº 028/2020, que Revoga a Lei de outubro de 1998, que sanciona e promulga o projeto de lei que autoriza o Poder Executivo Municipal a ceder uma área de terra à ULBRA, assim como a Lei de 04 de março de 2004, que também autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder direito real de uso de uma área de terra à ULBRA.

Trata-se da agilização do projeto que poderá criar ambiente jurídico para que a prefeitura de Torres receba o Ginásio da Ulbra como forma de pagamento de dívidas da universidade frente aos cofres municipais.

 

 

 

 




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