Chove chuva….

"Não tenho lembrança de uma frequência de chuvas tão grande na região. Na verdade, nestes meus quase 60 anos de vida, para mim é novidade tanta chuva neste período do ano ou em qualquer outra época. E não é só isso, é muita chuva em pouco tempo e muita chuva ao longo de meses, parando poucos dias e voltando com toda a força em várias regiões do estado. O pior é que reincide em alguns municípios já bem castigados".

Chuva (free-pexels-photo-459451)
4 de dezembro de 2023

Não tenho lembrança de uma frequência de chuvas tão grande na região. Na verdade, nestes meus quase 60 anos de vida, para mim é novidade tanta chuva neste período do ano ou em qualquer outra época. E não é só isso, é muita chuva em pouco tempo e muita chuva ao longo de meses, parando poucos dias e voltando com toda a força em várias regiões do estado. O pior é que reincide em alguns municípios já bem castigados.
Pelo que se vê, a água do rio Amazonas está vindo toda para o sul do Brasil. Lá não chove, a chuva que cairia lá veio toda para cá. Formou-se um corredor que canalizou todas as nuvens de chuva do norte para o sul. E deu nisso. Enchentes e destruição.
E o veraneio, como será?
Antigamente se falava que se o inverno (leia-se as outras estações exceto o verão) fosse chuvoso, o verão seria ensolarado. Mas isso não era bem verdade e, atualmente, parece que realmente não é!
Para nós que moramos numa cidade turística que depende de dias ensolarados, a torcida é para que a antiga máxima seja verdadeira. Mas a meteorologia, cada vez mais certeira, não garante um verão tão cheio de sol. O tal “El Niño” e “La Niña” estão aí, mudando tudo.
“Se a intensidade do fenômeno climático se confirmar, haverá alteração no padrão de chuvas e temperaturas para o Brasil ao longo de todo o primeiro semestre do ano que vem. Assim, as mudanças que estão sendo enfrentadas agora podem se estender, como o excesso de calor no inverno e o alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul. Os impactos do El Niño clássico no clima das regiões brasileiras são bem mais graves: enquanto sobre o Sul do País geralmente ocorrem muitas chuvas, no Nordeste, o El Niño Canônico provoca seca intensa. Na região Sudeste, a influência maior é no aumento das temperaturas, não influenciando tanto no volume de chuvas.”
As mudanças climáticas, devido às ações do homem (e/ou a falta delas), fazem com que alguns fenômenos, não muito comuns por estes lados, aconteçam até com alguma frequência. “Pés de vento”, “trombas d’água”, ciclones extratropicais, ciclones bombas, entre outros, estão cada vez mais frequentes nos noticiários e na boca do povo. Situações que antigamente eram raras, já estão começando a se tornar comuns e fazer parte do dia-a-dia dos brasileiros.
Já me disseram que essas chuvas constantes irão nos acompanhar até o mês de abril de 2024, será? Bom, se for verdadeira essa previsão, o veraneio será na praia de guarda-chuva e não guarda sol.
Sei que a vida da cidade já não depende tanto do sol do verão como no passado, mas ainda é determinante na vida de uma grande parcela da população. Verão bom, resto do ano também bom. Verão ruim, resto do ano também ruim. Assim era o ditado comum na cidade, e que também mudou com o tempo e o crescimento econômico.
De olho no céu e nas previsões do tempo, o torrense torce para que essas tendências não se confirmem e que quando olharem para céu vejam apenas o azul e não o cinza, enxerguem o sol e não as nuvens. E de quebra, um ou outro balão cruzando o céu da cidade.
(Quando escrevo este texto a chuva ainda cai lá fora)




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