As comunidades terapêuticas são uma modalidade de intervenção clínica voltada para dependentes químicos. Para conhecer melhor os trabalhos desenvolvidos em Torres e região, organizamos recentemente uma roda de conversa na Praça Getúlio Vargas, para conversar com os assistidos das comunidades terapêuticas da região e de municípios vizinhos.
Depoimentos marcaram a passagem da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas. Um dos dependentes químicos em recuperação é um homem* de 41 anos. “Cheguei a traficar para manter meu vício. Das consequências que a droga me causou, a pior foi a prisão. Após esse episódio, tive um despertar. Cumpri a pena e resolvi mudar de vida. Busquei ajuda, casei, constituí família e há 8 anos me cuido. A comunidade foi essencial para que a doença do vício não me fizesse cair de novo”, declarou.
Outro recuperado é um munícipe* de 47 anos. “A gente vive um dia de cada vez. Estou há 7 anos sóbrio, sereno, sem fazer uso de nada que altere meu comportamento. Agradeço a minha família que não desistiu de mim e a comunidade terapêutica por estender a mão” disse.
TRABALHADOR DEPENDENTE – Um Trabalhador * de 26 anos, disse. “Já passei por muitas coisas devido as drogas, inclusive perdi o emprego, mas tive reintegração ao trabalho, por ter sido demitido enquanto estava internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. A demissão foi considerada sem validade, agravada por eu não estar lucido, houve discriminação. Além da reintegração, a empresa teve de pagar indenização por danos morais”, concluiu.
Uma *secretária de Assistência Social, de um município vizinho, ao ouvir os depoimentos, refletiu sobre os trabalhos que existem no seu município, e avaliou que, além da união de esforços, é preciso ter um olhar de acolhimento a quem precisa de ajuda. “Não estamos aqui para julgar as fraquezas do ser humano. Todos somos falhos e reconhecer que precisa de ajuda é um grande passo. É importante dizer para a sociedade que existem redes de apoio para quem precisa se libertar do vício”, enfatizou.
*Os entrevistados para esta coluna tiveram sua identidade preservada.
<<<QUESTÕES DOS BAIRROS DE TORRES<<<
ENGENHO VELHO – Moradores do Engenho Velho pedem limpeza geral com roçada nas laterais e colocação placas de sinalização na Estrada da Salinas; tapa buracos em toda extensão da Av. Castelo Branco; patrolamento e ensaibramento da rua de acesso ao Ginásio da Ulbra; , manutenção da rede de iluminação pública com substituição e trocas de lâmpadas queimadas nas vias e logradouros do bairro; colocação de placas com informativo de limite de velocidades na Av. Castelo Branco, em frente ao Supermercado ASUN; recuperação das Ruas Hugentobler, Capitão Jovino e a Estrada da Salina II, com colocação de matérias e patrolamento.
CENTENARIO – Moradores do bairro solicitam melhorias e manutenção periódica na Estrada do Limoeiro em toda extensão; esperam ansiosos a construção de uma praça no Centerário, que é uma reinvindicação antiga e foi foco de promessas de campanhas; estamos no período chuvoso e sabemos dos problemas de acúmulos de águas sobre a pista, por isso é importante a limpeza das canaletas laterais da Av. Castelo Branco, para melhor coletar e conduzir as águas superficiais da faixa pavimentada e da faixa de passeio ao dispositivo de drenagem, boca de lobo, evitando alagamentos e inundações do local.
SÃO JORGE – No bairro São Jorge pede-se o ensaibramento da Rua Santo Antônio; corte de grama e limpeza da Praça José Matos Duarte; Moradores querem a poda de árvores nas vias públicas, muitas em contato sobre a fiação trazendo risco a comunidade; pedem reparos junto ao alambrado do complexo esportivo Valter Mirim; recuperação e tapa buraco na Rodovia Estrada do Mar no acesso à Rua Santa Maria.
FAXINAL – Reivindicação dos moradores para à construção de abrigos e instalação de iluminação pública nas paradas de ônibus localizadas na Rodovia Estrada do Mar, com nivelamento do acostamento nestes pontos de embarque e desembarque de alunos e da população em geral; construção de vias paralelas a Estrada do Mar, levando mais segurança aos moradores que precisam acessar a via diariamente
Sugestões e reivindicações podem ser enviadas para daspe@terra.com.br ou Rua Coronel Pacheco, 985.