Escrevo neste jornal há mais de 10 anos, foram muitas colunas abrangendo diversos assuntos e os mais recorrentes, é claro, são sobre a história e cultura da cidade. Dessas mais de 600 colunas escritas resultou um livro, publicado em 2016. No eu reproduzi 50 colunas em que o tema principal era Torres, sua história, suas lendas, causos e curiosidades sobre a cidade. Na verdade foi tão difícil a seleção, que em breve estarei lançando outro livro com mais colunas sobre a cidade, assim que ficar pronto eu anuncio por aqui e pelas redes sociais. Quem tiver interesse em conhecer o livro é só baixar gratuitamente do meu site (www.roni dalpiaz.com.br), e nem é necessário preencher nenhum cadastro.
Para não falarem que eu só escrevo sobre “coisas velhas” ou patrimônio, vou recapitular algumas das várias colunas que escrevi sobre outros temas relacionados ou não à cidade de Torres. Como também tem bastante assunto, vou apenas dizer o assunto e resgatar um pouco do que foi escrito na coluna e no final desta coluna eu deixo o link para quem quiser ler um pouco mais.
Vamos, então, a eles:
Pórtico
Um dos assuntos recorrentes, pelo menos para os mais antigos na cidade, é o tal do “Pórtico”. Já ficou até chato esse assunto, porque desde a década de 70 eu ouço falar sobre a necessidade de um Pórtico na cidade. Não sei quantas vezes já vieram recursos para isso, mas sempre foram utilizados para outras “necessidades”. Embora pareça (e seja) um assunto antigo, ele ainda não foi solucionado, e hoje, apesar de necessário, deverá ser pensado com muito mais abrangência do que no seu propósito inicial.
“Será que Torres não merece se destacar das demais tendo um Pórtico que faça sentido? Não como os de Capão da Canoa e Capão novo que não dizem nada e tampouco oferecem a acolhida adequada ao visitante. Mas como os de Gramado, Bento Gonçalves e Blumenau, destacados por Ruschel. Um Pórtico tem que estar ligado diretamente a identidade da cidade ou região e passar esta impressão a quem chega. Além disso, ele não pode ser somente a arquitetura e o paisagismo, ele tem que ter a emoção, a acolhida, o lado humano. E para isso é necessário ter pessoas preparadas para receber, informar e acolher os visitantes. Uma boa recepção e um adequado acolhimento pode fazer com que o turista entre e fique na cidade. Talvez permaneça até mais tempo do que o programado. ”
Interior do município
O turismo de Sol e Mar é predominante nas cidades litorâneas como Torres, porém isso dura pouco mais de dois meses, às vezes nem isso! Olhar para os atrativos do interior do município pode ser bom para fomentar o turismo fora da temporada.
“O principal apelo para a vinda de turistas e veranistas para a cidade de Torres sempre foi e provavelmente sempre será o mar. Isto a maioria dos torrenses não tem dúvida. Infelizmente não temos a temporada repleta de dias de sol e muitas vezes a chuva e o vento nos impedem de desfrutar do mar. E o que fazer nestes dias? Outra dificuldade que a cidade possui é a de manter o turista por mais tempo no município. O que fazer? A nossa igreja matriz São Domingos nos dá uma dica. Há 188 anos ela olha para o interior e não para o mar, nos apontando que ele tem muito a oferecer para completar a beleza e o encantamento do mar. Do alto da velha igreja vemos montanhas e um grande manto verde que nos convida a olhar mais de perto. Por que então não conhecer melhor esse interior? Há mais ou menos dez anos atrás a comunidade de Morro Azul despertou para o turismo rural e convidou o curso de TURISMO da universidade para auxiliá-los na empreitada. Desenvolvido e implementado o roteiro foi um sucesso. O passeio inclui visita a moinho de pedra, alambique, cachoeira, rio, artesanato local e um farto café rural.”
Embora seja determinante estarmos atentos ao presente e pensarmos no futuro, é, também, imprescindível olharmos para o passado, pois lá poderão estar muitas das respostas para as dificuldades atuais.
(continua na próxima semana)
Link para complementar a leitura: https://ronidalpiaz.wixsite.com/site/post