O QUE É VERDADEIRAMENTE POLÊMICO NO PLANO DIRETOR

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Vista aérea de Torres (FOTO: Neuza Luz)
13 de julho de 2022
Por Fausto Júnior

O que está orbitando nos questionamentos e nas vontades na proposta de mudança no Plano Diretor Urbano de Torres é a altura dos prédios na zona oito – Praia Grande – da Silva Jardim até a faixa de areia. O resto parece que não há grandes embates de conceitos.

Atualmente nesta área pode-se construir 9 metros – três andares (térreo e mais dois) e mais a cobertura, o que dá 12 metros (mais ou menos). Pelo que li na nova proposta, o que está se projetando são 15 metros. Ou seja, um aumento de um andar.

 

OUTRAS “ORLAS”

 

Na Lagoa do Violão, a proposta que está sendo encaminhada e vai ser debatida na Audiência Pública no final do mês projeta 9 metros no máximo – 3 andares.

Na Praia da Cal, atualmente com poucos edifícios ainda, a proposta é de também 9 metros – três andares.

Na Prainha, o lugar mais apertado da cidade, a proposta é de 7 metros (+ ou – dois andares mais cobertura).

Nas praias do Sul – do parque Itapeva até o final da Praia Paraiso, a proposta é de 9 metros também, três andares, contando o térreo para uma parte; 18 metros (6 andares – contando o térreo) em outra zona, a 2; e 30 metros (10 andares) na zona 3 do quarto distrito. (As diferenças devem ser de proximidade do mar, acho – quanto mais perto, menos andares).

 

Atividades na orla central

 

Na Prainha, as atividades apresentadas para lá na proposta são poucas: Habitação (Uso Unifamiliar e Misto), Serviços específicos, Estabelecimento de Diversões limitados e De Lazer e Recreação (parece-me que será permitido restaurantes dentro dessas propostas – a conferir na audiência).

Na Praia Grande (zona polêmica 8) as atividades permitidas são: Habitação, Hotel, Pousada, Comércio Varejista limitado, Serviços, Estabelecimento de Diversões restritos (parece que restaurantes – a conferir), e Estabelecimento de Lazer e Recreação.

 

ZONA HISTÓRICA COM EDIFÍCIOS BAIXOS

 

No entorno da Igreja São Domingos e parte da Rua Júlio de Castilhos, onde a cidade funcionava antes de seu crescimento por conta do turismo, o que é chamado de Zona Histórica, a proposta de altura dos prédios é de 7 metros – dois andares, com recuos laterais isentos (imóveis pegados uns aos outros).

Esta proposta valoriza um pouco a visualização dos prédios ou fachadas que foram ou serão preservados pela cidade, seja lá de que forma, o que melhora a qualidade da apreciação dos moradores e turistas na arquitetura utilizada no início das coisas no município de Torres.

Nesta zona histórica, a proposta também limita os tipos de atividades que lá podem ser colocadas. E proíbe nesta zona a existência de Motel, Camping, Comercio Varejista de algumas atividades batizados de II; Comercio Atacadista I, II e III; Depósitos de todos os tipos, Estabelecimento de Diversão, Ginásio de Esportes, Serviço de Saúde, Serviço de Transporte, Oficinas, Garagem Comercial, Posto de Abastecimento e Serviço, Clinica, Alojamento e Hospital Veterinário; Indústrias, Mineração e Crematórios.

 

ÁREAS ALTAMENTE EDIFICADAS E DE ALTA CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES

 

Algumas zonas urbanas de Torres estão colocadas como locais onde não há limite de altura. São zonas centrais como a Zonas 9 e 10, chamadas de “Alto Comércio”; a zona 11 – bairro Ronda; zona 12 bairro Getúlio Vargas; zona 13 – chamada de Cidade Baixa Norte, Bairro São Francisco; corredor 1 da BR 101, 2º distrito; corredor da Avenida José Bonifácio; 2º distrito, zona 2, Bairros São João parte baixa; e Zona 9 da Praia Grande.

No entanto, os recuos laterais, frontais e de fundo são diferentes entre estes locais de altura ilimitada. O critério deve ser explicado na Audiência Pública. Mas recuos maiores geram mais arejamentos nas vias além de abrir mais espaço no horizonte para a visão dos transeuntes.

 

 DÉCOR LIFE: ARQUITETURA A SERVIÇO DE COMPRADORES OU REFORMADORES DE IMÓVEIS

 

 

As empresas de Torres Ahres, Redemac, Centenarte, Arcane e Casa dos Colchões se uniram e apresentaram nesta quinta-feira (7/7), em evento realizado no salão de festas do condomínio Reserva das Águas, um serviço adicional chamado de Décor Life – Arquitetura – Decoração – Design.

A ideia é oferecer estes serviços através de parceria das empresas com vários arquitetos de Torres, que afinal farão projetos para que compradores de novos apartamentos ou pessoas e famílias que querem reformar seus lares tenham uma forma harmônica de disposição de móveis, cores e conceito de ocupação de espaço.

O serviço da Décor Life se apresenta em um bom momento de Torres, já que a entrega de apartamentos novos e a consequentemente troca de imóveis que entram nos negócios estão com alto giro na cidade, o que provavelmente vai ajudar os verdadeiros moradores dos imóveis vendidos, muitas vezes após estarem parados por conta de serem oriundos de aquisições de investidores imobiliários. E também ajuda de forma paralela, que simples torrenses que querem fazer uma repaginação em suas casas e apartamentos e não possuem conhecimento de arquitetura para montar a nova cara de suas residências possam o fazer com projetos tecnicamente harmônicos.

 




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