Ondas de Calor em Torres….

Pelo que me lembro, o calor de antigamente era tão intenso quanto o de hoje. O que diferencia é a forma como lidávamos (ou lidamos) com ele.

16 de fevereiro de 2025

Com essa nova onda de calor aqui pelo estado, muita gente começa a especular se ela é a mais quente de todas ou se já teve coisa pior.

Acontece que, pelo que me lembro, o calor de antigamente era tão intenso quanto o de hoje. O que diferencia é a forma como lidávamos (ou lidamos) com ele. Não me lembro da existência de ar-condicionado nas residências de antigamente; eles eram raros aqui em Torres. Até os ventiladores não existiam na quantidade que temos hoje em casa. Na verdade, tudo era muito caro e escasso, e as pessoas usavam o que havia de mais abundante — e ainda temos — que são as portas e janelas bem abertas!

Hoje em dia, isso não é mais possível na maioria das cidades brasileiras, inclusive aqui. Manter portas e janelas abertas o tempo todo é quase impossível, então se recorre ao ar-condicionado ou aos ventiladores.

O fato é que ficamos “mal acostumados” com a refrescância do ar-condicionado. Os ventiladores, que antes até o substituíam, hoje são meros coadjuvantes, quando não, completamente desprezados.

Essa comodidade nos tornou “menos resistentes” ao calor, o que gera um maior desconforto em relação às altas temperaturas. Sim, tem o tal do aquecimento global, mas eu acho que realmente estamos menos tolerantes ao calor, e isso certamente faz com que as temperaturas pareçam bem mais altas do que aparecem no termômetro!

Mas tudo bem, seguimos sofrendo e reclamando. Afinal, nada como um bom ar-condicionado para refrescar nossas indignações! (se ele funcionar).

 

GUARDA-SÓIS FANTASMAS!

Bem, se está tão quente e aqui é litoral, nada melhor que ir para a beira da praia! Acho que todos pensaram o mesmo. A dificuldade agora é encontrar um lugar para montar seu guarda-sol e colocar suas cadeiras. Estive há pouco tempo na Praia Grande e vi que agora colocaram placas indicando o limite para montagem de tendas. Achei muito bom. Antigamente, elas tomavam conta de grande parte da faixa de areia, e o problema maior era a “reserva” de lugares para as “tendas fantasmas”, aquelas que as barracas de aluguel de guarda-sóis, cadeiras e tendas montavam durante a temporada. Eles deixavam tudo pronto, e, quando alguém queria alugar, já estava ali prontinho para uso. Pensei que isso poderia ter mudado, mas não! Evoluiu. Agora, guarda-sóis e cadeiras já estão preparados, “esperando” os usuários, como se fossem flanelinhas de lotes na faixa de areia da praia.

Em Florianópolis, isso está generalizado. Há uma grande reclamação dos usuários quanto à existência desses guarda-sóis fantasmas na faixa nobre das principais praias da ilha. Esse e outros problemas estão tão sérios que foi montado, à beira-mar, um posto para auxílio aos banhistas: Fiscalização da Ordem Pública.

Esse posto é uma espécie de QG, com fiscais que atuam no controle de vendedores ambulantes irregulares, guarda-sóis fantasmas, descarte irregular de lixo, entre outros.

Gostei da ideia! Quem sabe possa ser replicada aqui em Torres? Um posto que sirva como uma espécie de governança, auxiliando turistas, veranistas e moradores em várias questões relacionadas ao uso e à frequência da faixa de areia nas nossas praias, principalmente na maior, que é a Praia Grande.

Problemas temos bastante, posso listar alguns facilmente: falta de manutenção nos decks/passarelas, vendedores ambulantes em excesso e muitos irregulares, limpeza da faixa de areia, moradores de rua embaixo das passarelas, em meio às dunas, tendas/guarda-sóis fantasmas em alguns pontos da Praia Grande, sujeira não recolhida das lixeiras, lixeiras pequenas e insuficientes na orla inteira… e por aí vai.

Os problemas não são novos. A novidade está na solução. É só olhar e ver!




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