OPINIÃO – CANDIDATURAS PARA PRESIDENTE SÃO DE CORPORATIVISMO ESTATAL

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

16 de fevereiro de 2022
Por Fausto Júnior

Duodécimos colocados na constituição repartindo recursos do povo para os poderes judiciário e legislativo enormemente acima da possibilidade de pagamento do orçamento; Salários baseados no modelo americano embora o PIB do Brasil seja 10 vezes menor do que o dos EUA; aparelhamento do Estado para atender burocracias regulatórias e programas de auxílio colocados na constituição; sistema de financiamento dos partidos políticos com verbas nababescas, muito maiores do que a maioria dos orçamentos de pagamentos de sistemas de proteção dos cidadãos brasileiros e que dobrou nos últimos quatro anos.

Estes são PILARES do que está ESTABELECIDO no Brasil e que acabam sendo os pilares do sustento de pessoas que dependem destas regras para mim criminosas. Por isso que não se consegue mudar NUNCA, não se consegue fazer a reforma tributária, a reforma política ou a reforma administrativa. Quem irá apoiar uma reforma que DIMINUI seu salário? Que servidor público irá apoiar uma reforma que elimina em alguns casos o seu próprio trabalho e que irá DIMINUIR os rendimentos e benefícios sociais da maioria das categorias? São poucas ideologias que trabalham na prática estas reformas, pois elas tratam de ter coragem de cortar na própria carne através de medidas de enxugamento de despesas estatais.

Estamos desde a Constituição de 1988 em um país que estruturou seu funcionamento para pagar uma máquina pública que seu orçamento não tem e irá demorar a ter fôlego para cumprir. Mas o sistema foi praticamente judicializado pelo corporativismo estatal que possui arautos que estão inclusive nos mais autos postos do poder judiciário tratando de MANTER O ESTABELECIDO para manter seu trabalho e de seus companheiros de profissão. E um país (ou qualquer coisa) que dá certo deve estruturar um plano de trabalho constituído para atender a realidade de seus moradores e de sua capacidade de cumprir o prometido, o antônimo do que esta sendo i feito. Ou seja: as CANDIDATURAS PARA PRESIDENTE SÃO CORPORATIVISTAS ESTATAIS.

 

CANDIDATURAS PARA PRESIDENTE DE CORPORATIVISMO ESTATAL II

O atual presidente Bolsonaro tentou esta abordagem e não conseguiu porque seu jeito de tratar as pessoas não é o que podemos chamar de diplomata. Acabou sendo atacado por isto e parece estar perdendo a batalha, pois têm projetado ações de “toma-la-da-cá” em suas propostas no último ano de governo.  Mas os outros candidatos que se apresentaram até agora não sinalizam nem de longe atingir o que deveria ser obrigatório: as  REFORMAS ESTRUTURANTES inclusive com vários Projetos de Emendas Constitucionais que mexem por exemplo, no percentual dos duodécimos, nos direitos e deveres dos políticos, nos direitos e deveres do próprio povo, retirando da constituição cláusulas como a de o cidadão  ( qualquer um) ter direito a uma moradia e a um emprego, sem ter orçamento nem potencial de geração de orçamento para atender esta utopia eleitoreira, por exemplo.

Uns pré-candidatos, como Lula, querem voltar atrás no que foi reformado nos últimos anos, um retrocesso; outros, como Ciro Gomes, dizem que querem fazer as reformas, mas falam em reativar estatais, como Ciro Gomes, quando está provado que estatais só servem para gerar emprego político e para dar prejuízo, além de ser o caminho inverso da colocação nos trilhos do Estado brasileiro.

O pré – candidato João  Dória foi eleito na carona do atual presidente (inclusive indo contra um candidato de seu próprio partido – Alkmin), mas nos primeiros meses de governo já tratou de atacar quem apoiava para colocar seu nome em evidência para a cadeira de governo. Isto estampa na primeira página de sua candidatura que ele não cumpre o que diz, o que é um desajuste ético, embora tenha em minha opinião boas visões de modernização e adaptação do Estado, como a assunção da privatização da Petrobrás que é sinalizada em suas falas, por exemplo.

O pré-candidato, Sérgio Moro também. Aceitou um ministério e pediu demissão saindo atirando de metralhadora giratória no governo, parecendo uma forma pouco ética de colocar seu nome no embate político para a presidência do Brasil. E, além disto, não tem atacado os protagonistas de sua desqualificação como juiz na Lava Jato, sequer tem defendido de forma robusta a Lava Jato, operação na qual foi o juiz e que foi anulada pelo STF.

 

CANDIDATURAS PARA PRESIDENTE SÃO DE CORPORATIVISMO ESTATAL III

Estamos no final do período onde as cartas das candidaturas devem finalmente ser colocadas na mesa. Embora as convenções dos partidos sejam em julho, é em março que termina a janela para a mudança de partidos e das agora também  chamadas “formações de corporações partidárias”, que são obrigadas a atuarem no país e nos estados da mesma forma. E não estou vendo nenhuma candidatura que seja formatada para finalmente formatar o Brasil da forma que a nação possa trabalhar saudável, consequentemente diminuindo sensivelmente o tamanho do Estado, desburocratizando os procedimentos da população para que tenha mais facilidade de obter emprego e de empreender em negócios para competirem e baixar preços das coisas. Isto é trabalhar para fomentar que a população seja cada vez mais livre de escolha do que irá fazer da vida para se sustentar e sustentar suas famílias caso optem por tê-las.

A proteção da população vulnerável deve ser feita, mas somente para a população vulnerável. Distribuição de recursos financeiros direto do Estado para a população, portanto, não pode funcionar como forma de captar o eleitorado e de proteger os burocratas do Estado em seus trabalhos e em suas repartições. Dinheiro direto somente para pessoas vulneráveis, pessoas que estão doentes e que precisam de ajuda para serem incluídas no sistema de sobrevivência e voltarem a ser livres de opção para decidir o  que querem,  sem receber esmola estatal.

E não vi nenhuma proposta que trata o projeto de governo nestes rumos.

 

CANDIDATURAS PARA PRESIDENTE SÃO DE CORPORATIVISMO ESTATAL IV

O único partido que esboçou na eleição passada alguma coisa neste sentido foi o partido Novo. Não teve apoio eleitoral acho que porque não soube comunicar bem suas propostas para a massa da população. E principalmente porque não escolheu uma figura pública de renome nacional para ser o cabeça de chapa.

Mas pode haver ainda outras candidaturas fortes que podem pegar a bandeira da salvação do Estado através do enfrentamento do corporativismo estatal e da necessária reforma administrativa, política e tributária.  E o discurso em minha opinião deve ser o de retirar do povo a necessidade de receber algo do Estado para sobreviver. Proposta LIBERTADORA real é àquela a onde os seres  têm opção de se sustentar por si próprio, sem ajuda e esmola do Estado, escolhendo consequentemente se quer ser rico, pobre, médio ou outra escolha, sabendo que em todos os casos existem ônus e Bônus.

Vamos torcer.




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