OPINIÃO: COMBUSTÍVEIS, Liberdade e AÇÃO CONTROLÁVEL

Coluna de Fausto Araújo Santos Junior - Jornal A FOLHA - Torres - RS

29 de maio de 2018

 

O Governo deveria diminuir os impostos sobre os COMBUSTÍVEIS, principalmente sobre o DIESEL. Mudar o preço por decreto não funciona e ali na frente à Petrobrás deve vazar água e ter de fazer algo ARTIFICIAL para buscar seus prejuízos destas DECISÕES ARTIFICIAIS.
O preço do BARRIL DE PETRÓLEO subiu em todo o mundo, inclusive nos EUA. E o DOLAR está se VALORIZANDO, o que encarece mais ainda o preço do barril nos países que estão com suas moedas perdendo o valor perante a moeda yanke, como o Brasil. Informações dão conta que em 19 /05 o Barril estava $46 dólares e o dólar estava 3,43. Nesta semana o barril chegou a $ 71 e o dólar 3,7.
Portanto, subir o combustível é uma reação NATURAL de mercado e o governo deveria deixar isto acontecer nas EMPRESAS, como na Petrobrás (que pra mim deveria estar privatizada). E deveria USAR a variável CONTROLÁVEL que tem na mão – a alíquota de impostos – para trabalhar na equação para não deixar que haja altas de preços generalizadas por conta do aumento dos combustíveis. Olho no lance!

COMBUSTÍVEIS: Liberdade e ação CONTROLÁVEL II

Teve postos de gasolina que tiveram que subir o preço do combustível mesmo antes de terminar a gasolina. E teve os que aproveitaram e colocaram valores “de corar”: R$ 9,99 o litro, neste último caso, exploração. Mas os que aumentaram somente um pouco têm seus motivos. É que eles, ao ficarem sem combustível para vender (por conta da falta gerada pela paralização do transporte e fechamento nas refinarias) vão ter de MANTER seus custos fixos (pessoal, aluguel, luz e etc.). Por isso, nada mais justo que pelo menos “tentar” repassar isto para o preço final do produto vendido (combustível), pois eles não são entidades benemerentes e ninguém vai pagar as contas dos donos dos postos no final do mês após terem de ficar SEM O PRODUTO que vendem por conta de um problema político entre uma categoria e o governo do Brasil, nem os governos (federal, estaduais e municipais) vão deixar de cobrar IMPOSTOS dos mesmos.
Neste caso, a variável CONTROLÁVEL do posto é o PREÇO. Por isso o aumento. Os donos de postos não podem mexer no preço cobrado pela Petrobrás, só comprando menos da refinaria estatal e mais de outra companhia, o que não existe condição aqui no Brasil, pois a Petrobrás é MONOPÓLIO neste quesito.

Dinheiro do BADESUL é para SISTEMA PRODUTIVO local

Na sessão que APROVOU por unanimidade o empréstimo de até R$ 6 milhões feitos pela prefeitura de Torres junto ao Badesul, alguns vereadores questionaram as prioridades escolhidas pelo governo Carlos Souza para uso dos recursos. Saudavelmente, vereadores colocaram suas opiniões, quando a maioria sugeriu que parte do dinheiro fosse empregada para resolver problemas em dois lugares onde por qualquer chuva ficam alagados, nos bairros Getúlio Vargas e Vila São João, dois bairros que somados possuem em torno de oito mil pessoas morando.
Mas teve gente que inverteu o processo. Pardal repetiu o que sempre defendeu e sugeriu que a cidade deveria usar boa parte do dinheiro do empréstimo em Saúde, Educação e outras prioridades SOCIAIS DIRETAS ao invés de investir em infraestrutura. E chegou a fazer analogias sobre as decisões, dizendo que estávamos comprando um vestido de princesa para que uma pessoa pobre usasse, quando consequentemente esta mesma pessoa, por ser pobre teria outras prioridades antes de comprar vestido para ficar mais bela. Discordo, democraticamente. E explico
Quando se investe em TURISMO em Torres, está se investindo na fonte de SUSTENTO da economia da cidade. Mais de 70% dos empregos e da renda em Torres são originários de nossa atividade de Turismo, direta ou indiretamente. Quem não possui um familiar que recebe parte de sua renda anual em alugueis no veraneio? Ou quem não tem um familiar que possui um negócio ou emprego oriundos das vendas para turistas no verão? E mesmo os que não têm, estes sobrevivem do dinheiro que gera na cidade oriundo dos que trabalham no turismo e da renda adicional (divisa – porque vem de fora). E o CRESCIMENTO do PIB só acontece quando entra mais dinheiro na cidade do que sai.
Portanto, dá para fazer analogia inversa. Se não investirmos no engorde da vaca leiteira, os bezerros vão perder a fonte de alimentação: o turismo. A menina pobre são os bezerros e o vestido bonito é o Turismo.
Investir no turismo em Torres é investir no sistema produtivo e multiplicar os recursos e as novas divisas que entram na cidade com a presença de visitantes em Torres. É como uma cidade que vive da indústria metalomecânica investir recursos para captar mais investidores desta forma de gerar renda e divisas para o município.

Parque do Balonismo é para outros eventos

Investimentos previstos de mais de metade do dinheiro do empréstimo do Badesul em obras de melhorias no PARQUE DO BALONISMO são corajosos e importantes. Corajosos porque extrapolam valores investidos no parque se comparados com prefeituras anteriores, argumento até já foi utilizado por vereadores que preferiam usar os recursos em outros lugares. CORAJOSOS porque se trata de um espaço onde ainda há necessidade de ser formalizado como de propriedade de Torres, mas que dificilmente governo estadual qualquer irá querer voltar atrás no processo de PERMUTA que necessita, sim, de ações urgentes burocráticas e legais.
IMPORTANTE porque Torres como cidade com estrutura turística para 300 mil pessoas, opera cheia somente no veraneio. No Balonismo tem demonstrado a cada ano que pode ter movimento acima do de veraneio, como foi o deste ano. Mas fora isto, não apresenta outro evento que aumente o movimento de turistas na cidade de forma sensível. IMPORTANTE, portanto, pois investir em MELHORIAS no parque Odílio Webber Rodrigues (Balonismo) pode propiciar que a prefeitura ou outro ente qualquer realize eventos no local, como feiras de setores da economia como Materiais de Construção, Equipamentos Pesados, Mobiliários para o Turismo, Eletrodomésticos, dentre outros. Além de eventos mais de consumo direto como festivais de música, de religião e etc., onde a estrutura HOTELEIRA, GASTRONÔMICA e URBANA local é diferencial competitivo da cidade para a escolha de lugar ideal para a realização destes formatos de atividade.
O dinheiro do BADESUL para ser usado em melhorias do parque é sustentável. Com certeza, somente a entrada de dinheiro em impostos que irá ser acelerada com este investimento, acaba pagando rápido o capital aplicado pela prefeitura.

Morro do Farol: a atual cerejas o bolo

Investir no Morro do Farol é sempre importante. Diariamente o local recebe TURISTAS para apreciar as paisagens de Torres e do mar vistas de lá de cima. Trata-se de um dos POUCOS locais onde se pode chegar de carro e ver este tipo de paisagem em todo o Brasil
Asfaltar, melhorar os bancos, aumentar o espaço, dentre outras várias possibilidades que existem para melhorias locais também deixa a cidade de Torres com seu principal espaço de turismo mais bem equipado. A cereja do bolo está sendo renovada: Muito mais gente vai espalhar selfies pelo mundo com seus rostos mostrando, ao fundo, a vista conseguida quando se está no Morro do Farol.
Colocar dinheiro do empréstimo do Badesul lá, portanto, se trata de dinheiro que dá cria. Que dá cria pelo menos na imagem de Torres e na multiplicação de suas imagens pelo Brasil afora, aumentando nosso conceito de lugar turístico ÍMPAR pelo planeta. E, além disto, o Ministério Público exige que sejam feitas drenagens no lugar para evitar o futuro risco de desabamentos de pedras com o aumento dos visitantes no Morro do Farol.
Sugiro, inclusive, que o espaço da ex-escola Cenecista (no Morro do Farol) seja licitado para exploração de empreendedores, que podem torna-lo um MIRANTE com outras atividades de entretenimento.




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