OPINIÃO – falta de água constante traz transtornos para população de Torres

Nas últimas semanas, a falta de água tem sido constante, ocorrendo quase que diariamente em algumas localidades de Torres, ocasionando transtorno à população.

Falta de Água (FONTE da imagem - Giga Site)
19 de abril de 2024

Segundo a Corsan, o temporal que atingiu o Estado na madrugada do dia 21/03/2024 causou falta de energia elétrica e comprometeu o sistema de fornecimento de água em Torres. Com o retorno da energia, a estação de tratamento de água voltou a operar. Já o sistema de captação de água para ser tratada e distribuída à população teve falha eletromecânica, que foi consertada por técnicos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O abastecimento foi normalizado na manhã do dia (22), depois que os reservatórios recuperaram o nível adequado.

De lá para cá, a falta de água tem sido constante, quase que diariamente em algumas localidades, ocasionando transtorno à população. A falta desse recurso essencial afeta diretamente a qualidade de vida da comunidade, impossibilitando a realização de atividades cotidianas básicas, como higiene pessoal e preparação de alimentos. Com relação ao dano moral, o transtorno gerado pela falta de água em um imóvel não pode ser comparado a um mero aborrecimento, haja vista que a água é item necessário à higiene pessoal e às tarefas do dia a dia. A falta, além de afetar a qualidade de vida está trazendo desconforto, preocupação e ansiedade, especialmente considerando a presença de crianças nas residências, cujo bem-estar e saúde dependem da água.

A interrupção no abastecimento de água nas residências, ainda mais de forma injustificada e por períodos seguidos, acaba causando transtornos evidentes à várias pessoas, já que se trata de serviço essencial. Eu sinceramente acho que deve ser cobrada uma revisão sobre o contrato que a Prefeitura de Torres tem com a Corsan, inclusive porque essa falta de água constante traz problemas não só de saúde, mas problemas financeiros. São serviços que têm dinheiro investido e que muitas vezes são atrasados ou algumas fases são perdidas por falta de água. É preciso que a prefeitura se conecte à Câmara de Vereadores para que os poderes públicos possam pressionar a Corsan para que ela cumpra o que é pré-determinado em contrato, além de verificar a viabilidade jurídica de aplicação de multa sobre a empresa (agora com nova administração), podendo também acionar o Ministério Público para que seja implicada as sanções pelo não fornecimento de um serviço básico, que é água.

Moradores e comerciantes reclamam que nos bairros centrais as torneiras costumam ficar vazias. Se o acúmulo de água causa transtornos ao se misturar com terra e lixo das ruas, a falta dela nas torneiras é um tormento ainda maior para moradores e comerciantes dos bairros de Torres. O dono de um bar disse que a falta de água nas torneiras e de energia durante o horário de funcionamento do seu estabelecimento já fizeram com que perdesse clientes. “Muitas vezes tenho que vir lavar a louça em casa, que tem uma caixa d’água, porque está faltando água no bar. Sem falar na falta de energia, que põe em risco nossa mercadoria”, afirma.

Por outro lado, um servidor da Corsan negou que falte água nas casas que se localizam no centro de Torres. “A falta d’água nos últimos dias foi uma situação localizada devido ao estouro de um cano, o que já foi providenciado pela Companhia de Águas do Estado (Corsan)”, justificou apenas. Mas não é o que vem acontecendo nos últimos dias, que têm repetidamente sido com falta de água. A engenheira Noeli Pereira, de Pomerode (SC), que estava veraneando em Torres, ficou impressionada com a desorganização. “Há vinte dias que estou aqui e tenho presenciado que falta água quase diariamente”.

Bairros como Getúlio Vargas, Predial, Stam registraram problemas na distribuição de água em qualquer hora do dia. Além das localidades mencionadas, moradores também denunciaram a falta de água em outros bairros. Maria Salete relata que os últimos dias foram de falta completa de água. “É um transtorno. Estamos comprando água e indo para casa de parentes que têm caixa d’água, para tomar banho. Tivemos um dia problemático com falta de energia e sem água. Trabalho na Vila São João, chego em casa e não tenho água nem para lavar as mãos. Dá vontade de chorar”, afirmou.




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