OPINIÃO – MUITO DINHEIRO DE TORRES NA SAÚDE, MAS SEM ATENDIMENTO DA DEMANDA

As cidades têm que cada vez mais utilizar seus orçamentos para completar os recursos do SUS definidos no sistema “tripartite”. E o resultado do resultado disto é menos recursos para a urbe, o lugar que depende totalmente de valores do orçamento municipal.

19 de fevereiro de 2025
Coluna Fausto Jr. - Jornal FOLHA - Torres - RS - Brasil

Os gastos da prefeitura de Torres em 2024 foram de 26% para Saúde, conforme informações prestadas na reunião do Conselho de Saúde, quando a lei exige que seja investido somente 15%. E a população ainda reclama (com razão) da falta de qualidade e quantidade do sistema local de saúde perante o demandado pela população que não possui plano privado para utilizar quando necessário.

Isto mostra que o SUS está com problemas (para mim sempre teve) porque promete o paraíso quando só pode entregar pouca coisa, por conta da complexidade e dos altos custos envolvidos para dar GRATUITAMENTE e PARA TODOS o atendimento de Saúde básica e complexa. Esta espécie de estelionato eleitoral (minha opinião) prometido na Constituição (feita pelos deputados e senadores na esfera federal lá em 1988) se mostra um estelionato maior ainda quando as necessidades de gastos federais no SUS são caras e não são realizadas. Ao contrário, cidades como Torres tem que colocar dinheiro de outras atividades para comprar exames (obrigação do sistema estadual, o SES), ajudar hospitais (obrigação do SES e do sistema federal) e executar serviços exigidos por demandas federais que são de obrigação federal ou estadual. E as mordomias e gastos no ‘paraíso dos políticos’ em Brasília continuam, ao invés de terminarem para direcionarem os gastos supérfluos ao sistema de Saúde. Aí os municípios têm que gastar mais de 25% do orçamento e o Estado e a união não gastam os percentuais exigidos pela lei… E nada acontece.

As cidades têm que cada vez mais utilizar seus orçamentos para completar os recursos do SUS definidos no sistema “tripartite”. E o resultado do resultado disto é menos recursos para a urbe, o lugar que depende totalmente de valores do orçamento municipal. Mas a mordomia em Brasília continua…

Há de se inverter esta pirâmide tributaria, que trata os políticos de Brasília com padrões europeus quando o povo pobre e o povo em geral recebem tratamentos terceiro-mundista pelo Estado, não mantendo sequer infraestrutura básica em dia nas cidades, onde moram todos, inclusive os políticos de Brasília.

 

Cobrança típica de oposicionista

A Câmara de Torres continua trabalhando, embora sem a realização das sessões ordinárias e consequentemente sem votação de projetos de Lei. E o vereador Gimi (PP) pediu informações ao poder executivo acerca do número de Cargos em Comissão (CCs) e Funções Gratificadas (FGs) existentes no Poder Executivo de Torres desde o dia 1º/01/2025, ou seja, o novo quadro de funcionários de indicação política do governo municipal. Pediu também o nome dos ocupantes, o local onde se encontram lotados e a espécie de Cargo em Comissão (CC1, CC2, CC3) ocupado pelo respectivo servidor.

Na justificativa, o vereador defende que “o pedido de informações é essencial para que o exerça sua função fiscalizatória e tenha ciência de quantos cargos em comissão e funções gratificadas existem no Executivo Municipal, bem assim ter conhecimento de quem os ocupa”.

Não se sabe o que o vereador fará com estes dados, que deverão ser respondidos para o parlamentar pela administração municipal obrigatoriamente.  Mas parece um convite para embates ideológicos à vista, culturalmente feito por oposicionistas. Veremos.

 

Contratações são ativos políticos ou Passivos Políticos?

 

Em Arroio do Sal a prefeitura nova, como todas as prefeituras que mudam de mão no poder (e muitas que continuam nas mesmas mãos), está contratando Cargos de Confiança assim como levando para a Câmara projetos de adequações salariais. Estes projetos, depois de serem aprovados geram ganhos aos Servidores de indicação Política, ganhos estes conceituados como justos pelos demandadores. A Câmara de lá, com presidência da oposição ao antigo governo, também adequa seu quadro de funcionários conforme decisão da nova mesa diretora, que possui nova configuração partidária agora (coordenada pelo partido que era oposição nos últimos 8 anos, como em Torres também aconteceu).  E a atual oposição, que antes era situação, reclama que são contratações desnecessárias, mesmo depois de os processos passarem na Câmara.

Trata-se de uma situação mais antiga que rascunho do 1º testamento.  Oposição sempre irá querer reclamar para gerar passivos políticos na coligação no poder e gerar consequentemente ativos políticos para ela (oposição), que passa a ideia das contratações como uma forma de uma má utilização do poder, para dar emprego a cabos eleitorais, na busca de colocar o povo contra os gestores. Mas na maioria dos casos, a situação se repete quando se inverte a gangorra no poder, o que derruba qualquer razão que ambas as partes possuem, quando na prática podem estar criticando uma postura que seu partido também já teve, no passado.

O certo é as pessoas defenderem seus pontos de vista sem mudar de ideia, mesmo quando se troca de lado. O que é difícil de se ver, ainda, na política. O jogo é cavar pênalti e pedir sua marcação, mesmo que o mesmo ‘jogador’ que sofreu o pênalti dizer que não houve a falta nele. O certo é defender contratações abertamente ou criticar abertamente. Mas dever-se-ia manter a coerência e, principalmente, ter coragem de dizer o que acha, doa a quem doer…. Acho eu, humildemente…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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