POLÍTICA ESQUENTANDO
O ex-presidente Bolsonaro chega de volta ao Brasil junto com a data que o seu sucessor, presidente Lula completa 100 dias de governo. E o fato em maior destaque é a ironia do destino… É que o ex-presidente foi ameaçado pela esquerda com a alta possibilidade de ser criminalizado ou de perder direitos políticos caso voltasse ao Brasil, isto por conta de atitudes e posturas que poderiam ferir o decoro de um PR em seu mandato que encerrou seus quatro anos dia 31 de dezembro passado. E o atual PR, em 100 dias de governo, já possui acusações similares e pelos mesmos motivos da sua oposição (à direita) que também poderiam levar às mesmas criminalizações ou perda de mandato.
Uma questão a força dos dois extremos, que continuam peleando “cavando pênaltis”, dependendo o juiz… E agora tem o VAR – exercido atualmente pelo STF.
E a Globo só transmite o jogo de quem lhe interessa.
POLÍTICA ESQUENTANDO 2
Mas a maioria dos Brasileiros não é politizada. Quer ter a liberdade de escolher como vai viver e como será protegida pelo Estado para que não haja barreiras em sua caminhada. Mas paga impostos sobre quase metade do que produz (para quem trabalha) ou do que consome (quem não trabalha) e não recebe sequer um terço do que o Estado promete para lhe proteger.
A Saúde é uma loteria. Tem que se esperar um ano por um procedimento urgente com risco de morte ou pagar caríssimo (mais do que um salario mínimo para idosos) por um Plano de Saúde que o atenda em um mês. O mesmo para cirurgias. Na Educação, o cidadão deixa seus filhos em escolas públicas que, ano após ano estampam uma briga entre os governos Estaduais contra o sindicato dos professores, brigas que acabam causando greves e consequentemente períodos de aulas transferidos ou extintos; ou pagam caríssimo por vagas em escolas privadas… Na segurança, vilas são comandadas por quadrilhas e a resposta da justiça parece apoiar isto, porque se a polícia age de forma firme, a sociedade e o Estado punem, além se soltar bandidos perigosos e de colarinho branco por conta de brechas burocráticas da lei, o que deixa a possibilidade de bandido trocar a metralhadora ou a coerção, pela caneta de político.
POLÍTICA ESQUENTANDO 3
Em Brasília, a mordomia corre solta… Deputados e Senadores continuam tendo verbas milionárias anuais para seu mandato. Junto com o Judiciário, gozam da possibilidade de viagens internacionais pagas pelos cofres públicos, viagens nacionais de avião, carros de luxo à disposição, cardápios de lagosta no caso do Judiciário e por ai vai. Fora a corrupção, que quando atacada pela Operação Lava Jato foi sutilmente abortada por forças submersas.
Tudo isto continua assim e há movimentos de aumento, quando o povo que paga quase metade de seu trabalho para sustentar este descalabro, além de não ter a segurança na Saúde, na Educação e na própria Segurança Pública, não tem sequer captação de esgoto em mais de 50% das residências.
POLÍTICA ESQUENTANDO AQUI NO LITORAL NORTE DO RS
Nas cidades de Arroio do Sal e Torres, a política começa a esquentar também. Movimentos estratégicos de partidos e individuais são mostrados a cada dia que passa, o que sinaliza que a eleição de 2024 para prefeitos pode estar iniciando.
Em Arroio do Sal, o presidente do Partido Republicanos na cidade (ex-prefeito Luciano Pinto) emitiu nota nas redes sociais afirmando que, para ele, o Republicanos é o ÚNICO partido de oposição na Câmara Municipal da cidade. O presidente explica que o PDT – que era oposição – estaria embarcando no governo Bolão para assumir a nova secretária criada na prefeitura – a secretaria de Agricultura. E que, consequentemente, não teria mais espaço para fazer oposição na Casa Legislativa local, que tem, além de Rep e PDT, o MDB de Bolão (cinco cadeiras) e o PP (uma cadeira).
Cabe salientar que o embate entre Bolão (MDB) e Luciano (Rep) deve se repetir após a primeira etapa de 2020, onde Bolão venceu. E em 2024, parece que a prefeitura possa mais uma vez ser decidida entre Luciano – pelo Republicanos, contra o representante deixado pelo Bolão, que pode ser do MDB ou do PP. Este movimento que se inicia deve definir.
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Aqui em Torres, o mesmo Republicanos também é protagonista de um movimento. O partido expulsou o vereador João Negrini da agremiação por conta principalmente de burocracias (ou buRRocracias) da lei eleitoral brasileira, que insiste que partidos apresentem um percentual de mulheres na nominata para vereador, o que acaba na maioria das vezes sendo feito “Para Inglês Ver”, ou seja, não é feito pela vontade explicita de mulheres e sim por movimentos de partidos para conseguir cumprir a “cota”. Esta questão forçou um embate entre o partido no RS e o vereador Ninja (Negrini), embate este que encerrou agora com a saída do vereador do partido.
Acho que Negrini deve entrar no PSDB, que se movimenta de forma importante na cidade desde ainda a eleição de 2020. O que deixaria a bancada com dois. E o Republicanos por sua vez anuncia que deve estar conseguindo lavar para sua agremiação dois vereadores torrenses, não dizendo, ainda, quem. Tenho uma ideia, mas não vou ser mal educado em abrir antes que os políticos se mostrem abertamente, em público ou para a coluna.
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Pronunciamentos na Câmara Municipal de Torres mostram que vereadores iniciam processo de mostrar “as unhas”. Até então, via-se um embate entre direita e esquerda liderado por Gimi (PP) de um lado e Moisés Trisch (PT) do outro. Ficava entre posturas do novo presidente da Republica perante o anterior… E antes, ainda, sobre temas da eleição e as farpas que marcaram o pleito, como a descoordenação de Lula e as falas apimentadas de Bolsonaro.
Ultimamente entraram na briga de ideais públicas, vários outros vereadores, como se uma avalanche aparecesse em uma cachoeira que era de águas quase límpidas, o que mostra que tem um “osso grande” aí em disputa: a eleição para prefeito de 2024. Igor Beretta (MDB) e Silvano Borja (PDT) continuam sendo oposição pontual ao governo junto com o vereador Moisés (PT). Mas vereadores outros iniciam discursos um pouco mais agudos, como o vereador Negrini (sem partido), o vereador Jacó Miguel (PSD), que se posicionam em alguns casos criticando posturas até da prefeitura atual para marcar território em redutos eleitorais.
O vereador Rafael (PSDB) parece estar se disponibilizando para representar a ala governista na próxima eleição, como candidato a vice ou como candidato a prefeito. O vereador Gimi também parece ter interesse, mesmo ainda não aberto, e a vereadora Carla colocou também seu nome à disposição.
O vereador Rogerinho, como presidente da Câmara mostra uma atitude solene de independência geral, o que pode sinalizar para sua vontade também de entrar no páreo, já que possui experiência.
Pela oposição, o quadro se desenha pelo protagonismo do PT, com Moisés, mas Igor Beretta e Silvano Borja também mostram as digitais quando podem, deixando em qualquer concorrente uma pulga atrás da orelha.
Cabe saber se PSD, PSB e União Brasil vão estar junto com a oposição ou com o governo. Tenho certeza que MDB, PT e PDT serão contra qualquer união que envolver o governo atual.
