OPINIÃO! POR QUE BRASIL AINDA É DONO DA PETROBRÁS?

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Petrobras reajusta em 12% o preço da gasolina nas refinarias a partir desta quinta-feira
16 de março de 2022
Por Fausto Júnior

O aumento do preço do petróleo e suas consequências, que ocorre por conta da brutal covardia da Rússia ao invadir a Ucrânia em guerra,  vai fazer com que o valor dos combustíveis no Brasil também aumente. É que como a Petrobrás é uma Sociedade Anônima, a empresa é obrigada a praticar os preços pelo menos similares ao mercado internacional.

Se a Petrobrás fosse 100% estatal, o governo federal poderia mexer nos preços como quisesse, como é feito na Venezuela, por exemplo. Mas a Petrobrás é CONTROLADA pelo governo do Brasil,  e por isso é obrigada a manter as operações para entregar a promessa aos acionistas minoritários.

Se a Petrobrás tivesse sido 100% privatizada, atualmente o Brasil estaria na mesma sinuca de bico que se encontra frente ao aumento da gasolina no país. Só que o Brasil teria colocado no caixa quase trilhões de reais (preço da venda total do controle da estatal) e teria portando muito recurso para melhorar a estrutura nacional para os transportes e para uma  base energética menos dependente do petróleo e derivados.

Ou seja: penso que o Brasil não tem bônus nenhum de ser dono da Petrobrás. Somente recebe anualmente parte dos lucros da estatal, o que não acontecia antes, quando o  governo do PT e seus coligados ‘assaltaram’ a estatal. Mas o Brasil tem muitos ônus quando um contexto mundial pede soberania energética como a que estamos passando neste período de Guerra. Quando sobe o preço do  petróleo no mundo, imediatamente os preços dos combustíveis nos tanques dos veículos (e até nos fogões das famílias) sobem:  E nada podemos fazer.

Por que o Brasil ainda é dono da Petrobrás?

 

POR QUE BRASIL AINDA É DONO DA PETROBRÁS? II

 

O petróleo do Pré Sal, por exemplo, pode demostrar que o fato da Petrobras ser do Brasil faz pouca diferença. É que existem royalties que qualquer empresa que explora o pré-sal é obrigada a repassar para o Brasil. O resto da operação fica a critério do empreendedor, que pode ser um consórcio entre empresas internacionais incluindo a Petrobrás, uma empresa de fora do Brasil, ou somente a Petrobrás, que terão todas elas lucro ou prejuízo, dependendo da diferença do preço da exploração por barril ( incluindo os royalties) e o preço da venda por barril.

Neste caso,  o Brasil tem o risco de empreender, sendo obrigado a manter as leis trabalhistas e de funcionalismo público ligadas á Petrobras (por ela ser estatal), mas terá o preço de mercado oscilando, o que faz a concorrência ser menos competitiva para a Petrobras pela falta de elasticidade de gerir o custos de uma estatal perante uma empresa privada.

Na prática o povo Brasileiro recebeu, recebe e receberá sempre um naco da exploração de petróleo na área do Pré-sal, sendo a Petrobras ou outra empresa/consorcio que opere a perfuração (que é muito mais cara que as do pós-sal  – mais rasa).

Se a Petrobras opera, podemos (Estado brasileiro) receber uma parte do lucro (se tiver), assim como pagar o prejuízo (caso tenha), além dos royalties.  Mas temos o risco .

Se for outra empresa que opera, o Brasil e seu povo também vai receber o mesmo naco, mas não vai precisar correr o risco de empreender e ter lucro ou prejuízo.

Por que Brasil ainda é dono da Petrobrás, então? Parece que só para dar emprego para políticos na própria empresa além de dar emprego nas coligadas nas várias estatais criadas em torno da principal.  E para correr o risco de ser assaltado como foi descoberto pelo escândalo Petrolão nos anos de 2003 a 2015.

 

MERCADO DE TRABALHO GAÚCHO SE RECUPERA, MAS AINDA NÃO VOLTOU AO PATAMAR PRÉ-PANDEMIA.

 

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média do Rio Grande do Sul foi de 8,1% no quarto trimestre de 2021, ficando estatisticamente estagnada em relação ao trimestre anterior. Na a comparação com o mesmo período de 2020, em que a taxa de desocupação registrou 8,6%, o que também foi considerado estabilidade. Em média, a taxa de desocupação ficou em 8,7 % – menor do que em 2020 (9,2%), mas ainda acima da média de 2019 (8,1%). A taxa de subutilização ficou em 16,9% no quarto trimestre de 2021. A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul foi a sexta mais baixa do país, ficando atrás dos demais estados do sul do país – como Santa Catarina (4,3%) e o Paraná (7,0%). A maior taxa foi registrada na Bahia (17,3%), seguido por Pernambuco em que a taxa de desocupação foi de 17,1%.

O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi de R$ 2.782,00 no quarto trimestre de 2021, e teve variação de -4,0% frente ao trimestre anterior (R$ 2.898,00) e de -7,4% em relação ao quarto trimestre de 2020 (R$ 3.004,00). A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 15,3 bilhões, o que representou um recuo de 1,7% frente ao mesmo período do ano anterior e uma variação de -2,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, porém ambas as variações não foram estatisticamente significativas de acordo com o IBGE.

Apesar da estabilidade estatística da taxa de desocupação no Rio Grande do Sul, a população ocupada cresceu e a população fora da força de trabalho diminuiu. É preciso destacar que esse aumento da ocupação foi encabeçado pela criação de ocupações informais, que foram as mais profundamente afetadas pela pandemia. Analisando por grupamento de atividade do trabalho principal, os únicos aumentos estatisticamente significativos na comparação com o mesmo período do ano passado foi a indústria geral e as atividades de alojamento e alimentação, como era o esperado (Com Fecomércio).

 

 

 

 

 

 




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