OPINIÃO – PROBLEMAS ECONÔMICOS DECORRENTES DA PANDEMIA

"Sem apoio do governo, pequenas empresas à beira da morte. A conta começa a bater na porta das empresas e muitas não estão preparadas para assumir a dívida. Em Torres muitas pequenas empresas estão endividadas com empréstimos, taxas, aluguel, fornecedores e serviços. O problema é que não há nenhum programa de crédito ativo, e as incertezas daqui para frente causarão temor e devem diminuir a oferta de crédito nos bancos".

27 de janeiro de 2021

 

Sem apoio do governo, pequenas empresas à beira da morte. A conta começa a bater na porta das empresas e muitas não estão preparadas para assumir a dívida. Em Torres muitas pequenas empresas estão endividadas com empréstimos, taxas, aluguel, fornecedores e serviços. O problema é que não há nenhum programa de crédito ativo, e as incertezas daqui para frente causarão temor e devem diminuir a oferta de crédito nos bancos. Com isso, o empresário perde capacidade de pagamento. O comércio varejista e o setor de serviços, após o tombo da economia no segundo trimestre, auge da pandemia, não conseguiram repor as perdas do período e encerraram o ano em queda. A situação é dramática para as empresas e trabalhadores que ficaram sem o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) e para os trabalhadores informais e desempregados. No próximo dia 5 de fevereiro, as micro e pequenas empresas terão que pagar suas folhas de pagamento integralmente, sem poder contar com o BEm que permitiu a redução da jornada de trabalho e salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho durante a pandemia. Nos dois casos o governo federal garantia uma compensação em dinheiro para cobrir total ou parcialmente as perdas dos trabalhadores e ficou estabelecido a garantia do emprego pelo mesmo período em que o funcionário ficou com a jornada reduzida ou com o contrato de trabalho suspenso. O Benefício Emergencial começou em abril e se encerrou em dezembro.

Para as empresas que conseguiram crédito junto ao Pronampe – MEIs, micro e pequenas empresas, é outra fonte de tensão sobre o caixa que está se conformando. Durante a pandemia, o Congresso Nacional aprovou uma linha de crédito para capital de giro e manutenção dos empregos, com carência de até oito meses, e o prazo está se encerrando neste primeiro trimestre. Além das contas mensais, os tomadores desses financiamentos terão que dar início ao pagamento dos empréstimos numa situação de crise sanitária, queda no faturamento e inflação, com um destaque para a conta de luz e o preço dos aluguéis que dispararam. Apesar do apelo, tanto de empresários, trabalhadores e parlamentares, à continuidade das linhas de ajuda emergencial para enfrentamento da pandemia, os programas não foram renovados pelo governo federal.

O fim do auxílio emergencial – enquanto ainda estamos em uma situação de calamidade pública por conta da pandemia – vai elevar a parcela da população vivendo abaixo da linha da pobreza e da pobreza extrema. E há uma agravante, os instrumentos que o governo já está pensando em usar para diminuir um pouco o efeito negativo na economia são ligados à economia formal, como adiantamento do 13º salário e do abono salarial. Isso não vai beneficiar diretamente a população mais pobre, que em grande parte vive na informalidade. Os governos (Federal, Estadual e Municipal) perderam a oportunidade de aprovar para este ano algum tipo de programa social mais permanente que garanta alguma renda para aqueles que nem acesso ao mercado de trabalho formal têm.

 

DESEMPREGO – A projeção é de que a taxa chegue a 15,3% em 2021 no Brasil – quase dois pontos percentuais acima da média de 2020. Devido à alta na população que estava fora da força de trabalho, para a qual o auxílio emergencial teve um papel importante. 12 milhões de pessoas perderam suas ocupações durante a pandemia, e grande parte não procurou um novo trabalho porque teve o auxílio emergencial como forma de recompor o rendimento do trabalho perdido. No entanto, com o fim do auxílio, as pessoas não terão outra opção a não ser procurar uma ocupação novamente, e vão entrar no status de desempregado. (Fonte: Portal HP, SINDICIL)

 

Sugestões e reivindicações podem ser enviadas para daspe@terra.com.br     ou Rua Coronel Pacheco, 985.




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