PATRIMÔNIO CULTURAL: Assim que as águas baixarem…

Além do que já se sabe e se viu, muitas coisas ficarão visíveis. Além das vidas, dos bens materiais, dos empregos, das cidades, o patrimônio cultural dessas regiões também foi duramente atacado pelas águas.

26 de maio de 2024

Assim que as águas baixarem estarão expostas as marcas da tragédia.

Além do que já se sabe e se viu, muitas coisas ficarão visíveis. Além das vidas, dos bens materiais, dos empregos, das cidades, o patrimônio cultural dessas regiões também foi duramente atacado pelas águas. No primeiro momento tudo o que se queria era salvar vidas, mas agora o que se pensa é em reinício, reconstrução, recuperação, e neste caso, se inclui o patrimônio cultural.

Vou falar principalmente sobre o patrimônio cultural que se pode ver e tocar, como documentos, fotos, móveis, casas, enfim, relíquias que guardam as memórias culturais dos lugares. Relíquias muitas vezes protegidas por museus, casas tombadas, ou mesmo em prédios públicos, que ficaram expostas a essa grande inundação.

A proteção desse material, extremamente delicado, já é complicada sem nenhuma intempérie, imagine em uma inundação de grande proporção como esta que ocorreu no RS. Estima-se que museus em todas as cidades inundadas devam ter sido atingidos e que parte desse patrimônio, embora protegida, possa ter sofrido algum dano ou possa ter sido perdida.

De acordo com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) quase 700 bens culturais foram atingidos pelas cheias, foram registrados 98 municípios com bens culturais danificados – entre esses bens, estão mais de 650 sítios arqueológicos e pelo menos 28 bens tombados. O Iphan está mapeando os danos ao patrimônio histórico em todo o estado e assim que a água baixar vai avaliar os estragos e as intervenções necessárias.

“Os prejuízos ao patrimônio cultural têm um forte impacto intangível. Não se trata apenas de danos a edificações importantes, mas da perda de símbolos e de referências culturais. Os bens culturais fazem parte da história do estado e do país. Essas perdas afetam a autoestima da população e o sentimento de pertencimento.”

A recuperação do que foi danificado será um trabalho demorado e caro, mas sabemos que as prioridades neste momento são outras, há mais urgência em reconstruir o básico. Infelizmente o setor cultural não será prioridade, embora importante, ele deverá esperar para um segundo momento. Esperemos que não seja esquecido como já foi em outros momentos sem catástrofes.

 

Fontes:

https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/luisa-martins/nacional/palacio-farroupilha-museus-e-centros-historicos-enchentes-atingem-quase-700-bens-culturais-no-rs/

https://www.metropoles.com/brasil/enchentes-no-rs-cultura-e-patrimonio-historico-tem-danos-irreparaveis;https://istoe.com.br/patrimonio-cultural-do-rs-sofre-danos-imensuraveis-com-as-enchentes/




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