QUEM É REPONSÁVEL PELA ASSISTENCIA DE SAÚDE ATUALMENTE OFERECIDA PELA APAE DE TORRES?

Coluna semanal de Fausto Junior - A FOLHA- Torres - RS.

18 de maio de 2025
Por Fausto Júnior

Não é a prefeitura de Torres, embora seja ela mesma (prefeitura) a única força capaz de salvar o atendimento gratuito as pessoas com deficiência (PcD) em Torres de forma rápida.

Os casos de Média e alta complexidade são de competência do Estado federativo apoiado pelo braço nacional, que comanda o SUS e repassa dinheiro para os Estados (Sistema Estadual de Saúde), mas oriundos do orçamento do SUS.

O estado do RS (faz tempo) está quebrado financeiramente e não consegue sequer manter a lei de direcionar 12% de seu orçamento para a Saúde. O SUS, como um todo, lançou uma utopia de atender a tudo e a todos de forma gratuita na Saúde, quando por óbvio não consegue e nunca conseguirá fazer.  E o diagnóstico de casos de pessoas com deficiência intelectual aumentou, tanto por conta de costumes da sociedade moderna e estressada quanto por conta de avanços na medicina, que conceituam e diagnosticam novos casos (que anteriormente estavam em um limbo), o que aumenta naturalmente a demanda.

Os casos de autismo são considerados pelo SUS na mesma prateleira de casos de câncer, de diabetes, e etc. E o SUS tem a obrigação de distribuir o atendimento de forma igualitária, seguindo o principio da administração pública da Igualdade.  Ou não?

A tendencia natural, caso a APAE abandone o serviço conveniado, é de que os autistas e pessoas no espectro em Torres entrem na mesma fila do SUS quando este trata de tratamentos de saúde em casos crônicos, acho eu. E a única forma dos autistas de Torres terem atendimento na frente da fila maior de todo o SUS é com a decisão da prefeitura de fazer um convênio firme com a APAE – ou financiar ela mesmo o tratamento dos casos no sistema municipal, pois o Estado do RS está quebrado e se fizesse isto teria que fazer por todo o território (e aos 12 milhões de habitantes gaúchos).

Como a APAE tem alta expertise e possui custos operacionais mais baixos que o sistema público de serviços de Saúde direto (salários e benefícios sociais mais baixos e cumprimento de burocracias menores), a lógica da solução é de que a prefeitura de Torres faça o convênio com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e toque o atendimento atual adiante, além de financiar programa de atender também a fila de mais de 150 pessoas que estão a espera. Um dos riscos desta decisão da prefeitura (caso ela opte politicamente) é o de mais famílias se mudarem para Torres para também incluírem seus filhos no espectro no tratamento gratuito local, que poderia ser mitigado pela exigência de os inscritos serem moradores fixos de Torres, por exemplo, a mais de dois anos (só não seu se a lei permite isto…).

A Câmara Municipal pode ajudar também, mas em minha opinião somente por um período pequeno, para não se tornar ajuda ordinária, o que não faz parte das atividades legislativas.

Na minha modesta opinião, esta é a VERDADE, para mim hostil às famílias que possuem pessoas com a demanda do tratamento e ao mesmo tempo não têm recursos para tal.  A solução dependeria de sensibilidade local e nacional, mas isto é difícil. Ainda assim, há de se manter o trabalho e a esperança.

 

CEMITÉRIO SEM CAPINA

 

Em sua participação na tribuna da Câmara Municipal de Torres, o vereador Gimi Vidal narrou um áudio, que recebeu de um morador de Torres, que  mostra a dificuldade de um familiar conseguir ir ao cemitério municipal fazer uma oração ou deixar flores e oferendas à memória ou alma dos entes queridos lá sepultados.

“E uma lástima o que estão fazendo com o local onde estão os entes queridos falecidos da população”, disse. O vereador da oposição, a segui,r sugeriu que o governo Delci esteja “batendo cabeça” neste início de administração, a ponto de não conseguir sequer realizar atos simples com razoável equidade, como a manutenção do cemitério, que conforme o áudio estaria quase que impossível de se chegar em certos pontos – por conta da invasão de gramíneas e plantas que se alastram, e deixam pega-pegas nas roupas de quem tenta adentrar.

Em Torres, teve um ex-prefeito que acabou perdendo a eleição quando projetou a terceirização do serviço do cemitério local, diagnosticado pela população como” venda do cemitério” (como se fosse uma heresia a religião seja lá qual for, o que não é…). E o assunto da manutenção do lugar, por parte da prefeitura (a responsável), é recorrente todos os anos, geralmente nos dias anteriores e posteriores ao feriado de Finados (2 de novembro). Mas agora o assunto apareceu de novo, por conta de visitas mal sucedidas de familiares ao local de sepultamento de seus entes queridos no Dia das Mães.

Acho que a prefeitura deveria fazer um contrato de manutenção com uma empresa para fazer a capina do lugar de tempo em tempo. Nem que seja uma espécie de contrapartida feita a negócios que vendem a construção de túmulos e similares no lugar, o que poderia ser incluído no preço da venda aos usuários. Uma ideia.

 

LUGAR DE QUEBRA-MOLAS É EM VIAS   MOVIMENTADAS

 

A Avenida Beira Mar de Torres, passa ano entra ano, continua sendo usada por alguns como uma pista de corrida e de exibicionismo… São os admiradores da velocidade e da barulheira, querendo chamar a atenção. Gosto é gosto e tem que ser respeitado, já diria aquela idosa pensadora (que come ranho)…  Mas as autoridades têm o dever de regular lugares que demonstram riscos grandes aos moradores, causados por estas mazelas.

Não adianta colocar um quebra-molas ou uma lombo-faixa em uma rua que tem pouco trânsito. A estatística mostra que somente a repetição das coisas tornar algo perigoso.

E a Av. Beira-Mar é lugar de passeio de turistas e moradores (de todos os lugares) que praticam caminhadas e corridas na avenida por conta de ser um lugar saudável, perto do mar e com ares oxigenados e visual aberto. Portanto, o risco de acidente e de transtornos de carros andando rápido e de carros e motos fazendo barulho é muito maior, porque existe muito trânsito e muitos usuários da via, além de milhares de turistas em época de veraneio.

Colocar lombo-faixas e algumas câmeras filmando placas e ações de veículos com certeza faria com que os fãs de velocidade e barulho fossem para outro lugar fazer suas voltas e curtir seus carros e exibir seus gostos.

Atualmente, de tempo em tempo há um acidente na via, geralmente à noite, onde o exibicionismo de mistura com a bebedeira… Será que temos que esperar alguém morrer para que providências sejam tomadas? Vamos às lombo faixas?

 

 

 

 




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