TURISMO EM MEIO A PANDEMIA EM TORRES

Aparentemente, em Torres e no litoral norte do RS, nada mudou. Aparentemente… Mas na verdade houve uma mudança sim, estamos em plena alta temporada convivendo lado a lado com uma pandemia e seus efeitos diretos na economia local (texto e imagem por Roni Dalpiaz)

18 de janeiro de 2021

Aparentemente, em Torres e no litoral norte do RS, nada mudou.

Aparentemente…

Na verdade houve uma mudança sim, estamos em plena alta temporada convivendo lado a lado com uma pandemia e seus efeitos diretos na economia local.

Olhando apenas para as praias e ruas da cidade parece que é uma temporada igual a tantas outras. A diferença visível é a utilização de um acessório por grande parte da população e visitantes (turistas e veranistas): a máscara. Embora não seja muito frequente, os visitantes têm a impressão de que aqui não precisa utilizar o acessório. Na “praia” não precisa! Só na capital ou na sua cidade de origem: lá “eles” exigem! Lembre-se, você pode tirar férias mas o vírus não, ele continua contaminando todos!

Bem, mas não é neste caminho que esta coluna vai seguir. O assunto desta vez são os efeitos a curto e longo prazo da pandemia no turismo mundial e local (que mais nos interessa).

Na verdade não vi, além de falar e de supostamente estar escrito em algum lugar, ações visíveis em relação a pandemia e o turismo local. Se existe, não está visível para ninguém. As praias estão “a Deus dará”. Não há qualquer tipo de fiscalização ou regramento realmente efetivado. O que se vê são aglomerações de todos os tipos e muito pouco uso de máscaras e cuidados especiais.

Existem desculpas de todo o tipo para o não uso, porém há “um protocolo a seguir” sem ninguém a fiscalizar. Na verdade nem sei se isto seria possível, mas acho que assim como são feitas ações de marketing durante a temporada, poderiam ser feitas ações de sensibilização aos visitantes e a comunidade em geral para o uso do acessório, distanciamento, etc…

Não vou ensinar “o padre a rezar a missa”, mas se houvesse interesse e disposição, seria até fácil a empreitada.

Voltando aos efeitos. Não há como prever, em nenhum lugar do mundo, os verdadeiros efeitos de uma pandemia de tamanha proporção. A retomada das viagens impulsionadas pelo verão, pode reparar um pouco o dano causado pela quarentena nos moldes mais restritivos.

O trade inteiro ainda está sofrendo direta e indiretamente os impactos da pandemia, e isto é fato. Muitas empresas do ramo fecharam e outras tantas ainda irão fechar, impactando ainda fortemente no setor. O problema é que muito se falou do turismo pós-pandemia, porém poucas soluções foram aventadas porque, simplesmente, elas não existem!

Um dos grandes impactos ao funcionamento dos negócios relacionados ao turismo e no que se refere aos cuidados sanitários, aos controles de número de visitantes e até em relação aos padrões de consumo. Estes padrões , na verdade, foram condicionados ao funcionamento de todo e qualquer estabelecimento comercial, não apenas aos turísticos. Embora exigido, não está sendo realmente “cobrado” pelos órgãos fiscalizadores. Quem vai fazer isso é o turista. Aqui eu acho que está a verdadeira mudança: o comportamento do turista e sua relação de confiança com o prestador de serviço turístico.

Neste sentido, o “ World Travel and Tourism Council (WTTC), conselho global que representa os interesses das empresas de turismo e viagem, e a consultoria Oliver Wyman desenvolveram um relatório que revela as tendências para a recuperação da atividade turística, uma vez superada a fase mais crítica da pandemia de Covid-19. O documento ressalta a importância de se adotar uma abordagem global coordenada para a recuperação, melhorando a experiência dos viajantes, adotando novas tecnologias e a aplicação de protocolos de higiene. Como aponta o estudo, todas essas medidas apresentadas têm um único objetivo: resgatar a confiança dos viajantes no setor. Em particular, o relatório destaca quatro tendências principais, às quais o setor deve se atentar para que suas atividades possam se recuperar: a retomada da demanda e o destaque do turismo doméstico; avanço dos cuidados em termos de saúde e higiene; inovação e digitalização; e sustentabilidade. Gloria Guevara Manzo, presidente e CEO do WTTC, considerou que, embora ainda haja trabalho a ser feito, essas tendências podem dar uma ideia de como o setor deve estruturar sua recuperação”.

E aqui na aldeia, o que estamos fazendo? Vamos nos mexer ou vamos esperar seguindo do mesmo jeito de sempre e ver no que vai dar?

Com informações de: https://www.infomoney.com.br;




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