Comitê Mampituba realizou diversas atividades em alusão ao Dia Mundial da Água.

O Dia Mundial da Água foi celebrado no dia 22 de março, e foi lembrado em Torres com ações em escolas e vistoria no rio Mampituba pelo Comitê

5 de abril de 2019

No dia 22/03 foi celebrada mais uma edição do Dia Mundial da Água, e o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba realizou diversas atividades para comemorar esta data importante. As atividades começaram no dia 20, com uma palestra e apresentação do audiovisual do comitê Mampituba sobre Educação Ambiental para a E.M.E.F. Manoel Rodriguez da Silva, no Passo de Torres, SC, para as turmas dos 4º e 5º anos, sobre a importância da preservação das águas. Ao final foi feita uma roda de diálogos em que se pode trocar experiências e responder perguntas.

No dia 21, véspera do dia mundial da água, o Secretário Executivo do Comitê Mampituba, Prof. Dr. Christian Linck da Luz,  foi entrevistado na Rádio Maristela, onde pode falar de maneira mais aberta para a comunidade sobre o panorama mundial da água, a situação do comitê e projetos futuros para região da bacia hidrográfica como, principalmente, a finalização do nosso plano de bacia.

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Na parte da tarde do dia 21, foi realizada uma palestra na E.E.E.F. Manoel João Machado, Bairro São Braz, Zona Rural de Torres, também para as turmas do 4° e 5° anos, cuja temática foi semelhante a escola anterior.

No dia 22, para celebrar o dia mundial da água, o Comitê Mampituba em parceria com a ONG Onda Verde e o Pelotão Ambiental, fez a tradicional subida no Rio Mampituba para se verificar seu estado de conservação da mata ciliar e algum possível dano mais evidente. Neste ano ainda tivemos a inovação de levarmos um drone da OV em que se verificou o Arroio Sanga da Madeira, afluente da Lagoa Sombrio e após fomos até a Lagoa Morro do Forno em que se pode verificar elevado grau de assoreamento, tendo sua superfície quase que totalmente tomada por macrófitas aquáticas, destacando-se a fisionomia dos juncais.

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Finalizando as atividades, no dia 28, o comitê foi até a E.E.E.F. N. Sra. da Glória, Bairro Pirataba, Zona rural de Torres e palestramos para as turmas dos 4º, 5° e 6º anos. O momento foi considerado especial para o Presidente do Comitê Mampituba, Alexandre de Almeida, por ele já ter estudado naquela escola e agora poder estar contribuindo para o aumento da consciência ambiental da comunidade escolar.

 

Perspectivas para 2019

 

O ano de 2019 promete ser de grande importância para o Comitê Mampituba, tendo em vista que no ano passado a entidade conseguiu avançar significativamente na construção do nosso plano de bacia, em que fizemos 19 reuniões e apresentações consultivas com as comunidades e representações, tanto do lado Gaúcho, quanto Catarinense. Agora vamos avançar para a finalização do nosso plano e finalmente, podermos através da cobrança pelo uso da água, implementar as metas eleitas pelos nossos representantes para termos o melhor futuro socioambiental da nossa Bacia Hidrográfica.

 

Sobre o Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU no dia 21 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas, contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21, que foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992.

Mais de 2 bilhões de pessoas carecem de serviços básicos de saneamento básico no mundo, diz relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento mundial da água. A publicação da UNESCO Não Deixar Ninguém Para Trás será lançada nesta terça-feira (19) durante a 40ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. De acordo com o relatório, apesar do progresso nos últimos 15 anos, o direito à água potável segura e limpa e ao saneamento é inacessível para grande parte da população mundial. Em 2015, três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não tinham acesso a água potável e 4,5 bilhões de pessoas, ou seis em 10, não tinham instalações de saneamento com segurança.

De acordo com relatório da ONU-Água, a agricultura (incluindo irrigação, pecuária e aquicultura) é a maior consumidora de água globalmente, respondendo por 69% da retirada anual de água em todo o mundo. A indústria (incluindo a geração de energia) responde por 19% e as residências particulares por 12%. Segundo dados do relatório, houve um aumento de conflitos envolvendo água no período entre 2010-2018 se comparado com 2000-2009. Foram 263 conflitos em que a água teve um papel de destaque.

Segundo a ONU, as mudanças climáticas terão um impacto desproporcional no bem-estar dos pobres nas áreas rurais. No Caribe e na América Latina, somente 22% tem acesso a saneamento básico de qualidade. Populações pobres e marginalizadas serão afetadas de forma desproporcional, agravando ainda mais as desigualdades.

 

Desmatamento ameaçando ‘rios voadores’ e a natureza

 

Segundo Carlos Nobre do INPE, os ‘Rios-voadores’, que trazem chuva da Amazônia para centro e sudeste do país, podem estar ameaçados pelo desmatamento. A supressão de árvores na Amazônia preocupa os pesquisadores. O Inpe monitora o desmatamento, por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). Em 2018, foram desmatados 7.900km² de vegetação, 13,7% a mais do que em 2017.

“Se você pensar que a Amazônia já teve de 600 a 700 bilhões de árvores e hoje tem 400 bilhões, é de se preocupar. Se continuarmos nesse ritmo, o rio voador vai morrer. Eu comparo a floresta com uma bomba hidráulica. Se eu chego com uma marreta e arrebento a bomba, acabo com a irrigação da minha agricultura. Destruir floresta, destruir árvore, é quebrar a bomba que está irrigando o Brasil”.

Em apenas 6,5% dos rios da bacia da Mata Atlântica, a qualidade da água é considerada boa e própria para o consumo, de acordo com relatório divulgado hoje (22), Dia Mundial da Água, pela Fundação SOS Mata Atlântica. Dos 278 pontos de coleta de água monitorados em um total de 220 rios, 74,5% apresentam qualidade regular, 17,6% são ruins e, em 1,4%, a situação é péssima. Nenhuma amostra foi considerada ótima.

A fundação ressalta que os rios que se mantiveram na condição boa ao longo de anos, comprovam a relação direta com a existência da floresta, de matas nativas e as áreas protegidas no seu entorno. “O inverso também está demonstrado por meio da perda de qualidade da água, nos indicadores ruim e péssimo obtidos quando se desprotege nascentes, margens de rios e áreas de manancial, com o uso inadequado do solo e o desmatamento”, avalia a SOS Mata Atlântica

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Publicado em: Meio Ambiente






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