Escolas de Mampituba e Três Cachoeiras: conteúdos práticos sobre biodiversidade e soberania alimentar

Uma grande biodiversidade de alimentos, produzida num pequeno espaço urbano em Três Cachoeiras, surpreendeu alunas e alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Élio de Farias Matos, de Mampituba

14 de maio de 2025

Uma grande biodiversidade de alimentos, produzida num pequeno espaço urbano em Três Cachoeiras, surpreendeu alunas e alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Élio de Farias Matos, de Mampituba, na manhã de 09 de maio. Acompanhado pelas professoras Luzia Rodrigues da Costa, Maria Scheffer e Vanessa Espindul da Rosa, o grupo visitou o quintal do agricultor Nelson Bellé, do Centro Ecológico.

“Quando a gente chegou lá os alunos disseram: é aqui? E eu disse sim, é aqui. E eles disseram: mas aqui é no Centro, num bairro, a gente não está numa propriedade rural”, recorda Vanessa. Ela destaca que cerca de 90% dos alunos têm propriedades rurais produtoras principalmente de banana, algumas de maracujá, pitaya, ou arroz. Por esse motivo, o cultivo sem agrotóxicos de diversas espécies de plantas vem sendo discutido como estratégia de sustentabilidade das famílias agricultoras. “No caso de algum problema atingir a monocultura, ter ao menos o sustento da família: uma batata-cará, a possibilidade de vender um chuchu, uma batata-doce. Quantidade nem sempre é o que vai assegurar o sustento, mas a qualidade a diversidade, então isso foi fundamental lá na propriedade do (Nelson) Bellé”.

A professora Maria Scheffer explica que em 2024 a turma 101, hoje 201, iniciou uma horta urbana agroecológica. “Prosseguiremos com o projeto em 2025. Além da produção, na metodologia pedagógica, com legumes, verduras, frutíferas, entre outras, vamos implantar as Panc (plantas alimentícias não convencionais), por isso iniciamos fazendo a visita no Bellé”.

A diretora Poliana de Luca lembra que, diante das evidentes mudanças climáticas percebidas pelos estudantes, é preciso compreender que as famílias não podem ficar reféns das monoculturas, como é o caso de Mampituba em relação à produção de banana. “Quando produzo biodiversidade sou capaz de tirar ao menos o sustento da família em caso de uma emergência climática que impossibilite a colheita normal da produção agrícola”.

 

Oficinas de horta no Angelina Maggi

Na terça-feira, 6 de maio, as professoras do Instituto de Educação Angelina Maggi organizaram a participação de 12 turmas em sucessivas oficinas sobre horta. Ministradas durante o todo o dia por Nelson Bellé e Joaquim Martins, a dinâmica consistiu numa breve conversa com duas turmas por vez em sala de aula.

Depois, as turmas iam para o pátio da escola, onde uma entrava na horta, que é pequena, para plantar, enquanto a outra esperava do lado de fora. A importância do cuidado com as hortaliças e resíduo orgânico que vira composto foram alguns temas abordados nas conversas. Na horta plantaram mudas de alfaces e sementes.

 


Publicado em: Meio Ambiente






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