Um estudo publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) – edivulgado neste dia 15 de janeiro – busca contribuir para garantir a segurança dos turistas que visitam o município de Torres (RS). Parte do projeto “Avaliações Geotécnicas em Atrativos Geoturísticos”, o relatório avaliou os riscos e perigos geológicos em áreas indicadas pela prefeitura e apresenta recomendações para prevenção de desastres.
Para o trabalho, o SGB analisou o Parque Estadual José Lutzenberger (conhecido como Parque da Guarita) e o Caminho da Santinha (Calçadão que liga a Prainha e a Praia da Cal, abaixo do Morro do Farol). Toda a área do Parque da Guarita foi mapeada, mas foram detalhados sete locais específicos de maior relevância, sendo eles: Torre Sul, Torre da Guarita (Sentinela), Bico do Luiz, Furna do Diamante, Saltinho, Portão e a Trilha Verde.
“Os perigos geológicos encontrados em Torres são resultado de diversos fatores que, quando conjugados, acabam por exigir atenção”, explicou o pesquisador em geociências Anselmo Pedrazzi. Segundo ele, entre os processos que podem ocorrer na região, estão: tombamento de colunas rochosas, queda livre de blocos rochosos, rolamento de blocos rochosos, desplacamento de lascas de rocha, deslizamento planar e rastejo.
Grau de perigo muito alto na Torre do Farol e Torres Sentinela da Guarita
Pedrazzi acrescentou que as áreas críticas foram qualificadas como tendo grau de perigo “alto” (P3). Mas o alerta maior foi para a Torre da Guarita (sentinela – pináculo que fica no meio da Prainha) e da Torre do Farol, que têm grau de perigo “muito alto” (P4). “É possível manter o acesso a essas áreas pelos turistas e frequentadores do parque, desde que as medidas necessárias sejam colocadas em prática, para que ocorra da forma mais segura possível”, disse o pesquisador.
Uma das principais recomendações do estudo, para reduzir os riscos, é remover um resquício de laje de concreto armado deteriorada na face leste da Torre da Guarita, que apresenta risco iminente de colapso. Pedrazzi também destaca que uma das medidas mais importantes é informar a população e os frequentadores dos locais avaliados sobre os perigos a que estão sujeitos. “As pessoas têm o direito de saber o grau de perigo a que estão expostos”, destacou.