Gestão estratégica e de mudança no ambiente escolar serão temas de palestra em Torres

No dia 24 de maio ocorre o '2º Encontro com Gestores', e o Professor Júlio Furtado explica para A FOLHA um pouco do tema de sua palestra

18 de maio de 2018

No dia 24 de maio (quarta-feira), no Guarita Park Hotel (Av. Alfieiro Zanardi, 1017) ocorrerá em Torres, o 2º Encontro com Gestores, Promovido pelo Sescoop/SC (Serviço Nacional de Aprendizagem do  Cooperativismo). O público será composto por gestores e coordenadores escolares, e terá como uma das atrações o professor Júlio Furtado,que apresentará a palestra “A prática da gestão no espaço escolar: como é mesmo que se faz?”, desenvolvendo os temas “Gestão estratégica da escola” e “Gestão de mudanças”.

Júlio Furtado é Mestre em Educação pela UFRJ. Pós-graduado em Orientação Educacional. Doutor em Ciências da Educação e Diplomado em Psicopedagogia pela Universidade de Havana, Cuba. Graduado em Pedagogia. Reside no Rio de Janeiro.

 

A prática da gestão no espaço escolar

 

Entre outras questões, Furtado levantará que a gestão de uma escola é composta de três processos que precisam ser geridos com igual atenção e dedicação: gestão administrativa, gestão pedagógica  e gestão da sala de aula. “Em relação à gestão na sala de aula, trata-se de um conjunto de medidas que garantem uma aprendizagem significativa. Essa gestão envolve sub processos que se inter-relacionam intrinsecamente: a gestão da aprendizagem, a gestão da conduta e a gestão da interação cultural” indicou Furtado, em email encaminhado ao jornal A FOLHA.

O palestrante destaca que a escola precisa distinguir indisciplina e incivilidade. Isso ajuda a planejar ações mais eficazes. A incivilidade é qualquer comportamento oposto à chamada “boa educação” e que, por consequência, atrapalham as relações na escola. “A indisciplina é fruto da quebra de uma conduta estabelecida, essencialmente voltada ao sucesso da aprendizagem (fazer as tarefas de casa, não brincar durante as aulas, trazer o material escolar, cumprir os horários, etc). A escola precisa criar regras que se fundamentem em princípios, caso contrário, terão que impor regras e não educar através delas (usar uniforme, por exemplo, é uma regra baseada no princípio da igualdade e da segurança, e precisa dar destaque às regras baseadas em princípios inegociáveis (contra a agressão física e verbal, roubo, preconceito, etc.)”, constata Furtado, que continua “Essas regras precisam ter destaque no cotidiano escolar e o não cumprimento delas precisa ter consequências claras para todos. É preciso encarar o conflito e educar através dele”.

Furtado ressalta que um grande desafio que o professor tem encontrado são alunos que são muito estimulados fora da escola, por uma série de atrativos eletrônicos, e acabam encontrando, na sala de aula, uma condição de pouco estímulo, gerando desânimo. Ele defende que instigar é mais do que motivar. É provocar e convidar à superação. “A tríade livro-lousa-giz pode sim ser um instrumento de instigação se bem utilizada pelo professor. A tecnologia é componente muito importante da relação ensino-aprendizagem, mas não determinante. As habilidades de argumentar, envolver e contar histórias são essenciais para o processo de instigação”.

Professor Júlio Furtado

 


Publicado em: Educação






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