Infraero finalmente assume operação do Aeroporto de Torres

Medidas provisórias – de operação e exploração dos Aeroportos de Torres (SSTE) e de Canela (SSCN) - foram publicadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos nesta segunda (02)

No começo de agosto, Governo do RS concluiu obras de revitalização do Terminal de Passageiros do Aeroporto de Torres (Foto: Divulgacão/Selt)
4 de setembro de 2024

O Ministério de Portos e Aeroportos editou nesta segunda, (02/09), as portarias nº 422/2024 e 423/2024 que atribuem à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a operação e exploração dos Aeroportos de Torres (SSTE) e de Canela (SSCN), no Rio Grande do Sul. “O investimento federal nos aeroportos do estado é uma ação efetiva para que o transporte aéreo amplie alternativas em todo o território gaúcho”, enfatizou o ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta.

Conforme a Secretaria para Apoio à Reconstrução do RS, a transição operacional dos aeroportos – do Estado do Rio Grande do Sul para a Infraero – deverá ser concluída no prazo de até 120 dias a partir da publicação das portarias.

Enquanto isso, segundo a mesma Secretaria para Apoio à Reconstrução do RS, as obras de recuperação no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, estão na reta final. “A previsão é que o terminal volte a receber voos domésticos no dia 21 de outubro, com um total inicial de 50 voos diários (350 por semana) entre 10h e 22h. “As companhias aéreas Azul, Gol e Latam confirmaram a retomada de seus voos e já abriram as vendas de bilhetes”.

 

Representantes da Infraero estarão em Torres na segunda (09)

Na próxima segunda-feira, 9 de setembro, às 15h30min, representantes da  Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estarão em Torres para tratar dos últimos ajustes sobre o início das obras no Aeroporto Regional de Torres para que ele possa operar. Prefeitos do Litoral Norte foram comunicados através de informação oficial da Infraero junto à Associação dos Municípios da região. A Amlinorte, presidida pelo prefeito de Maquiné, João Marcos Bassani dos Santos, é a entidade que deve coordenar o evento.

O presidente da Infraero, Rogério Barzellay, salienta que o recebimento das outorgas  (dos aeroportos de Torres e Canela) faz parte do compromisso do governo federal, via Ministério de Portos e Aeroportos e da Infraero, na retomada do movimento aéreo do Rio Grande do Sul, por meio do desenvolvimento de sua aviação regional.

FOTO – Pista do Aeroporto de Torres

Vários capítulos recentes na busca para maior utilização do Aeroporto de Torres

Após as enchentes de maio –  que assolaram Porto Alegre e o Aeroporto Salgado Filho – a  Secretaria de Reconstrução havia planejado (e anunciado) investimentos significativos para melhorar a infraestrutura de terminais estaduais, incluindo o de Torres.

No final do mês de junho, o governador Eduardo Leite -durante visita ao próprio terminal aeroportuário torrense – havia anunciado investimento de até R$ 9 milhões para melhorias no Aeroporto Regional de Torres.

Na sequência das negociações em prol da viabilidade dos terminais aeroportuários, no dia 12 de julho, ocorreu a transferência da gestão do Aeroporto de Torres – bem como do Aeroporto de Canela – do Estado do RS para a União. Agora (começo de setembro), com a resolução dos trâmites burocráticos, a operação e exploração foi oficialmente repassados a Infraero.

No começo de agosto, o Governo do Estado do RS concluiu as obras de revitalização do Terminal de Passageiros do Aeroporto de Torres, no Litoral Norte. Antes disso, o governo gaúcho havia contratado uma consultoria técnica especializada para avaliar as obras essenciais para os aeroportos regionais. Conforme reportagem da GZH (publicada cerca de 20 dias atrás) o investimento necessário na próxima etapa seria de R$ 1,69 milhões, com a maior parte desse valor, R$ 788,22 mil, sendo alocada para a melhoria da pista.

Estes investimentos são considerados cruciais para garantir que os aeroportos regionais possam atender à demanda extra causada pela suspensão das operações no aeroporto Salgado Filho, além de preparar o Estado para “eventuais próximos eventos extremos”.

Estima-se que, em Torres, as aeronaves poderão transportar – já no primeiro momento após as melhorias necessárias–  até 72 passageiros por viagem. Em mais longo prazo, voos com aeronaves maiores (Boeing e Airbus, com até 165 passageiros) são previstos. As operações, porém, dependem da oferta por parte de empresas aéreas.

 


Publicado em: Economia






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