Conforme dados do Painel de Casos da Dengue – gerido pela Secretaria Estadual da Saúde do RS (SES RS) – até esta quarta (14/05), o Rio Grande do Sul tinha registro de 18.245 casos confirmados de dengue no ano de 2024, e 42.384 em investigação. Desde o começo de janeiro foram registrados 16 óbitos causados pela doença do RS e 474 municípios estão infestados com o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Nas últimas semanas, constata-se um aumento na incidência da doença no RS. No litoral Norte gaúcho existiam 221 casos confirmados junto ao governo do RS até 14/05 (sendo 161 destes autóctones, originados na própria cidade). Além disso, estão em investigação outros 119 casos. Nenhum óbito pela doença foi registrado na região até o momento.
Mas vale salientar que – em 2025 – o Litoral Norte tem tido o pico de casos desde abril. Entre 01/04 dia 23/04, foram diagnosticados 50 dos 94 casos de dengue na região até então. E do dia 24/04 até 14/05, outros 127 casos (totalizando os 221 casos).
Até o dia 14/05, Capão da Canoa é o município com mais registros de dengue no Litoral Norte, com 97 casos (sendo 94 autóctones), seguido por Torres (25 casos, sendo 18 autóctones e outros 44 em investigação), Tramandaí (23 casos) e Cidreira (17 casos). Além disso, havia 5 registros em Três Cachoeiras e 3 em Arroio do Sal.
O Painel atualizado de Casos da Dengue da SES RS pode ser conferido no link – https://ti.saude.rs.gov.br/dengue/painel_de_casos.html
Em 2024, região teve recorde histórico de casos (com Torres liderando)
O aumento recente no número de casos de dengue no Litoral Norte em 2025 acende um alerta para que se tomem mais cuidados para a evitar a proliferação do Aedes Aegypti (mosquito vetor não só da dengue, mas também do Zika vírus e Chikungunya) e a disseminação da doença. Mas apesar disso, a situação não se encontra tão crítica quanto ocorreu ano passado: entre 1° de janeiro e 1° de maio de 2024, o Litoral Norte já acumulava 696 diagnósticos positivos para dengue, sendo 188 casos apenas em Torres.
Em Torres, a situação foi ficando ainda mais crítica no final do primeiro semestre de 2024, com uma escalada histórica da doença: o total de casos registrados entre 01/01/2024 e 26/06/2024 em Torres era de 493 diagnósticos – o que representava mais que o dobro do total de casos confirmados ao longo de nove anos (entre 2015 e 2023) em TODA A REGIÃO do Litoral Norte (que havia registrado 242 no acumulado destes 9 anos).
