Apenados do RS terão cursos de profissionalização na Construção Civil

Projeto irá beneficiar 592 alunos de 19 presídios gaúchos
O Governo do Estado, por meio da Fundação Gaúcha do Trabalho e da Ação Social (FGTAS), iniciou, nesta segunda-feira (17) í tarde, no Auditório do Presídio Central de Porto Alegre, os cursos de qualificação profissional na área da construção civil, com uma aula inaugural. A ação integra o Projeto Recomeçar, do Programa Estruturante Nossas Cidades.
São cinco cursos: Pintor de Obra (100 horas), Assentador de Azulejos e Pisos Cerâmicos (100 horas), Instalador Hidráulico Predial (120 horas), Eletricista de Instalaçíµes Prediais (200 horas) e Pedreiro (180 horas), que serão realizados em 19 presídios gaúchos para 592 alunos-presos inscritos. As aulas serão ministradas em dois turnos, de segunda a sexta-feira, até o dia 30 de junho. Em julho, os cursos são retomados com outras turmas.
O objetivo do projeto é a reinserção social do preso, preparando-o para entrar no mercado de trabalho após o cumprimento da pena no sistema fechado. "A meta é a redução nos níveis de reincidência delituosa e a recuperação da condição de cidadão do apenado, preparando-o para o exercício de atividade lícita após o cumprimento da pena", explica a gerente do projeto Recomeçar, Maria Lúcia Médici, e assessora do Departamento de Planejamento da Secretaria de Segurança Pública.
Condiçíµes dignas de utilização das cadeias
A governadora Yeda Crusius destacou a prioridade dada í reinserção social dos apenados. "Em uma série de açíµes, projetos e programas, muitos inéditos no País, estamos dando condiçíµes dignas aos apenados, seja os que estão em regime fechado ou semiaberto. Trabalhamos pela reinserção social", explicou. Yeda lembrou que, nos últimos dias, foram destinados R$ 81 milhíµes do Fundo de Recuperação do Estado (FRE) para a construção de casas prisionais.
Com os recursos, serão construídas duas penitenciárias e quatro albergues emergenciais que abrirão mais de 1,4 mil novas vagas no sistema prisional do Estado. "Nossa meta não é apenas zerar o déficit de vagas no semiaberto, mas instituirmos um novo paradigma para o sistema prisional, com condiçíµes dignas de utilização das cadeias, onde a prioridade é a segurança, a disciplina, o respeito e o combate ao ócio do apenado através do estudo e do trabalho", destaca Yeda Crusius.
Os cursos serão aplicados pelas empresas que venceram a licitação: Associação de Desenvolvimento Social e Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Aldeia); Fundação Cooperhabic para a Educação e Assistência Social (Cooperhabic); Instituto Cia Ideal (ICI); Instituto Educacional de Qualificação Profissional (Instituto Qualificar) – IEQP, e Instituto Ensinar de Desenvolvimento Social (Iedes