EDITORIAL – Defesa, mas sem radicalismos hipócritas

4 de junho de 2010

O Dia mundial do Meio ambiente é comemorado mais uma vez neste dia 5 de junho. O tema é, se não for o maior, um dos maiores assunto de debates quando se fala em progresso, cidadania, humanismo e solidariedade, o que de certa forma é saudável. Mas os exageros de ambos os lados de pensamento são os que acabam transformando uma simples atitude moderna, a de se adequar ao conceito de auto-sustentabilidade ambiental nos programas e lei no paí­s nos Estados federativos e nos municí­pios, em debates egoí­stas, rancorosos e cheios de sentimento de desconfiança. Portanto, neste dia alusivo ao ambiente que todos os seres convivem ou deveriam conviver em harmonia coletiva, nada melhor do uma reflexão em todas as consciências sobre a verdadeira luta em prol da preservação do ar, da água, do solo e do respeito í s espécies vivas que convivem juntas e necessitam do combustí­vel de um ambiente saudável.    

Como o tema é da hora devemos questionar o quão entidades publicas e privadas e pessoas em geral estão sendo realmente defensoras do ambiente em que vivem. Quando se coloca em pauta altura de prédios, por exemplo, surgem defensores do meio ambiente que na verdade na maioria são defensores das vistas de seus apartamentos ou do conceito de viver em uma área sem edificaçíµes, somente com casas. Trata-se de um direito de qualquer um, não gostar de edificaçíµes ou manter seu território intacto, mas inventar que passarinhos irão morrer batendo em prédios, como se fossem cegos e ingênuos e não soubessem se defender; sugerir que a sombra irá proporcionar uma catástrofe no ambiente, como se sombra não existisse no meio ambiente; dentre outras defesas, somente confunde a tudo e a todos.  

Por outro lado sempre existem os radicais do progresso que sugerem que uma obra que irá causar alto impacto na região sem gerar as contrapartidas necessárias se trata da sobrevivência da cidade. Dizem eles, que se as leis não permitirem o progresso sem análise de sustentabilidade e dos impactos de vizinhança e ambientais, famí­lias morrerão de fome, como se fossem pessoas que sobrevivem em um deserto africano de um paí­s paupérrimo.   E existem ainda tribos que defendem a volta ao naturalismo como se fosse tema de preservação ambiental. Geralmente são seres humanos com sua vida e sobrevivência resolvida através de aposentadorias publicas estáveis e de valores muito acima das médias privadas. E estas mesmas pessoas sugerem desenvolvimento Zero. Querem que eles e seus pares passem a ser comparados com vegetais, que se alimentam somente do que está por perto (desde que seja sem agrotóxicos) e esperam a morte chegar sob a alegação que estão defendendo o meio ambiente, quando na verdade estão defendendo que o planeta terra seja um jardim planejado, os outros seres que se danem. E, como se não bastasse, eles não abrem mão de forma alguma de seus pomposos salários estáveis, vindos justamente do progresso que eles abominam.  

   Está na hora de acabarmos com esta divisão entre o ser humano e o ambiente em que ele vive, como se um fosse uma coisa e o outro fosse outra. O ambiente somos nós, humanos e nossa inteligência e vontade de progredir e deixar a vida mais confortável. Mas o ambiente também é a água, o solo, o ar e os seres vivos sem inteligência. E por ser o único ser que possui capacidade de discernimento, é do homem, sim, a responsabilidade de curar a degradação ambiental e buscar que o progresso ocorra, mas com sustentabilidade.    Se a água fosse inteligente, já teria nos envenenado como envenenamos ela. Se o ar fosse inteligente, já haveria de ter matado o homem, que insiste em intoxicá-lo sem medidas.     E se os seres irracionais fossem racionais como é o ser humano, com certeza seriamos animais de estimação de algum ser maior. Seriamos presas ao invés de sermos predadores de ponta de cadeia alimentar.  


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