
Por Guilherme Rocha
Torres se destaca no cenário do jornalismo internacional ao receber mais de 30 jornalistas especializados em Turismo no 3 º encontro da VISIí“N, (Asociação Internacional de Jornalistas e Escritores Latinos de Turismo), que ocorreu durante a última semana nas instalaçíµes do Guarita Park Hotel.
Torres na vitrine do turismo mundial
A VISIí“N, que tem sua sede estabelecida na Espanha, conta com representantes em todos os países da América Latina, congregando jornalistas de reconhecido prestígio e que gerenciam importantes meios de comunicação especializados em turismo. No evento em Torres, estiveram presentes jornalistas do Espanha, Itália, Equador, Colí´mbia, Uruguai, Argentina, Panamá, Costa Rica, Chile e Brasil. Estes profissionais realizaram sua assembleia em nosso município, e debateram sobre um tema que preocupa todos os países: Segurança no turismo
A assessoria do VISIí“N destaca que o evento colocará Torres na vitrine do turismo internacional, em vista que prestigiadas revistas especializadas publicarão notas e matérias sobre o seminário e sobre a cidade. As belezas de Torres são muito distintas e, ao servir de sede para nosso encontro, muitos jornalistas terão a chance de conhecer esta linda cidade e divulgá-la através de diferentes meios de comunicação vinculados ao turismo,explica o uruguaio Julio Cesar Debali, presidente da associação.
O evento teve a realização da Associação Internacional de Periodistas e Escritores Latinos de Turismo e da Prefeitura de Torres, por meio da Secretaria de Turismo, Comércio e Indústria.
A violência que ofusca o turismo e o poder da internet
O tema Segurança no turismo foi a pauta principal do 3 º encontro da Asociação Internacional de Jornalistas e Escritores Latinos de Turismo (VISIí“N), que se manifestaram ao público em seminário aberto na última quinta-feira (15), na sala de conferências do Guarita Park Hotel. Pelo ponto de vista dos jornalistas do VISIí“N, a inclusão social continua sendo a chave para diminuir a insegurança, e o repórter deve saber como retratar este delicado problema, que afeta diretamente o turismo. O caso da Colí´mbia foi citado, pois o país, que conta com belezas naturais e históricas singulares, ficou marcado como país da cocaína e do tráfico de drogas, o que afeta o turismo drasticamente. O importante é transmitir a notícia de uma forma honesta, sem distorçíµes, sem sensacionalismo. O compromisso do jornalista é antes de mais nada a verdade pontuou o mediador do encontro, o espanhol Mariano Palacin.
Já o equatoriano Guido Calderón, Secretario Internacional do VISIí“N, citou como exemplo dos exageros do jornalismo a erupção de um vulcão no Equador, em 2006. A imprensa marrom distorceu as informaçíµes sobre a erupção, fazendo um caso que não passava de curiosidade tornar-se num problema de segurança internacional. Se um vulcão entra em erupção, vende-se mais jornais ao exagerar e dizer que o vulcão é perigoso, ainda que a informação seja falsa. Calderón pensa que os meios de comunicação forçam a sociedade a tomar uma posição negativa ou positiva sobre os fatos informados, induz a um posicionamento em relação a notícia e a própria realidade. Creio ainda que a internet vem abrindo um espaço poderoso de mobilização social, dando ao cidadão o poder para questionar e lutar por mudanças, difundindo o conceito de liberdade de expressão. A informação é um bem social, e um direito de todos.
Luta contra o sensacionalismo
Entre outros tópicos, foi levantada a idéia de que o sentimento de insegurança generalizada é patrocinado pelos próprios jornais, que expíµem em noticias sensacionalistas os exageros violência midiática. Valores sociais são deixados de lado pela imprensa marrom em prol do interesse econí´mico, ao mesmo tempo em que a internet dissipa muitas informaçíµes falsas ou exageradas. As pessoas leem a página policial nos jornais da América Latina e se sentem com medo de sair de casa, tantos são os casos de brigas, assaltos, homicídios e sequestros. í‰ claro que é importante relatar notícias sobre os problemas de segurança, pois trata-se de uma face da sociedade que não pode ser omitida. Mas não é preciso reportar estas noticias de forma sensacionalistas, mais importante seria ver e uma postura mais positiva e construtiva por parte da imprensa. O jornalista tem que saber fazer um filtro daquilo que realmente é importante de ser passado ao público, e tem que saber de que forma isto vai ser reportado, conclui o uruguaio Julio Cesar Debali, presidente do VISIí“N.